João Loureiro com lugar marcado em avião retido no Brasil com meia tonelada de cocaína
O antigo presidente do Boavista diz que está inocente e continua no Brasil para colaborar com as autoridades.
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O antigo presidente do Boavista, João Loureiro, era um dos passageiros que estava previsto viajar para Portugal num avião privado onde foram apreendidos 500 quilos de cocaína, no aeroporto da Bahia, no Brasil, noticiou esta quinta-feira a SIC.
Em declarações ao canal de Paço de Arcos, João Loureiro explicou que já tinha viajado para o Brasil na mesma aeronave, garantindo que é completamente alheio ao que se passou. O advogado continua no Brasil onde espera ser ouvido pelas autoridades sobre o sucedido.
O avião partiu do Aeroporto de Tires no dia 27 de janeiro, fez escala em Cabo Verde e aterrou em Salvador da Baía. Depois, seguiu para o destino final, São Paulo. A bordo, seguiam cinco pessoas: três tripulantes, João Loureiro e um cidadão espanhol que, segundo a SIC, já estava sob o olhar discreto do departamento da Polícia Judiciária que investiga tráfico de droga.
À SIC, João Loureiro explicou que não conhecia o cidadão espanhol e que foi para o Brasil através de uma empresa que o queria contratar para consultoria. O advogado garantiu ainda à estação "que está a viver um filme policial",
A 10 de fevereiro, as autoridades brasileiras apreenderam a cocaína escondida no avião privado, que já tinha recebido autorização para descolar rumo a Portugal. O aparelho pertence a uma empresa privada de transporte aéreo.
"As investigações continuarão para identificar os responsáveis pela carga ilícita, que poderão responder pelas acusações de tráfico internacional de drogas e associação com o narcotráfico, cujas penas combinadas podem chegar a 25 anos de prisão", informou o comunicado da Polícia Federal.
O Brasil é um importante intermediário nas rotas de embarque para a Europa da cocaína produzida nos países andinos.