O Secretário de Estado norte-americano apelou sexta-feira à formação de uma aliança internacional para travar os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria e evitar a sua expansão para outros países.
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«Nenhum país respeitável pode apoiar os horrores perpetrados pelo Estado islâmico e nenhum país civilizado deve iludir a sua responsabilidade em ajudar a acabar com esta enfermidade», considerou John Kerry num editorial publicado no diário "The New York Times".
John Kerry irá procurar nas próximas semanas apoio junto dos aliados europeus a uma aliança na região mais ameaçada pelos jihadistas, o Médio Oriente, e sublinhou que na batalha «há um papel para quase todos os países» dado que nem todos terão de contribuir com ajuda militar porque é necessária ajuda humanitária ou de informações.
«Precisamos de uma coligação internacional que use as ferramentas políticas, humanitárias, económicas, de segurança e de informações para apoiar a força militar», disse.
«Com uma resposta unitária liderada pelos Estados Unidos e a mais ampla possível aliança de nações, o cancro do Estado Islâmico não poderá expandir-se para outros países», acrescentou.
A morte do jornalista norte-americano James Foley às mãos do Estado Islâmico, conhecida este mês quando os jihadistas publicaram um vídeo da sua decapitação, sacudiu a opinião pública e aumentou a pressão sobre Obama para uma intervenção na Síria idêntica à desencadeada no Iraque onde os norte-americanos realizaram bombardeamentos seletivos sobre posições do Estado Islâmico.