O primeiro-ministro jordano disse que a Jordânia vai deportar os refugiados sírios que atacaram agentes da polícia durante protestos contra as condições de vida num campo, no deserto perto da fronteira.
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Cerca de 200 refugiados revoltaram-se no final do dia de terça-feira, queixando-se das condições no campo de acolhimento, e feriram 26 agentes da polícia.
«Seremos firmes face aos que infringem a lei e mandaremos para as suas casas as pessoas presas por terem atacado os polícias», afirmou Tarawneh, em declarações à televisão pública, depois de visitar os agentes feridos, hospitalizados na capital.
Não especificou quantas pessoas seriam deportadas, mas acrescentou que o Governo faria o possível para melhorar as condições do campo de Zaatari, situado 85 quilómetros a Norte de Amã, numa área desértica fronteiriça da Síria.
Os refugiados dizem que o pó é constante, entra nas tendas e impossibilita a limpeza e a saúde.
O campo está situado num terreno seco e sem árvores e com permanentes ventos poeirentos, escorpiões e cobras.
O motim ocorreu depois de um incidente similar no sábado, quando centenas de refugiados apedrejaram guardas de segurança ao campo, ferindo vários, também em protesto contra as condições do campo.
Os últimos distúrbios ocorrem depois de o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informar que a chegada de sírios em fuga do conflito no seu país duplicou nos últimos dias.
A Jordânia está a preparar a abertura de um segundo campo de refugiados, que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Nasser Judeh, disse ser financiado em parte pelos Emirados Árabes Unidos e que ficará em Ribaa Sarhan, com capacidade para 20 mil pessoas.