O vencedor do Prémio Pulitzer, Glenn Greenwald, chamou "cobarde" ao outro jornalista por este ter insinuado anteriormente que ele educava mal os filhos.
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Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, o site que denunciou o escândalo do sistema de vigilância americano da NSA, conhecido como Caso Edward Snowden, que lhe valeu um Pulitzer, maior distinção do jornalismo norte-americano, foi agredido em direto num programa de rádio no Brasil.
O programa Pânico, na Rádio Jovem Pan, convidou Greenwald para uma entrevista. Mas sem o jornalista americano saber levou para estúdio também Augusto Nunes, um colunista da casa que havia sugerido que o tribunal de menores investigasse a forma como Greenwald e o seu marido, o deputado David Miranda, educam os seus filhos.
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A meio da conversa, Greenwald chama Nunes de "cobarde" por três vezes, ao que o brasileiro, após empurrões mútuos, responde com um soco. Em seguida, ambos se levantam e a troca de insultos e empurrões prossegue até jornalistas da Jovem Pan os separarem e interromperem o programa.
Greenwald despertou a ira dos apoiantes do governo de Jair Bolsonaro por ter divulgado uma série de reportagens chamada "Vaza Jato", onde foram revelados procedimentos ilegais dos promotores da Lava Jato e do então juiz da operação, Sergio Moro, hoje ministro do Governo, nomeadamente no processo que levou Lula da Silva para a prisão.
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Em entrevista à TSF no auge do escândalo da Vaza Jato, Greenwald dissera que "noutro país qualquer, Moro ter-se-ia demitido".