Soldin, cidadão francês, foi o único jornalista da sua equipa a ser atingido durante um ataque com foguetes Grad.
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O jornalista da AFP Arman Soldin morreu esta terça-feira após ter sido atingido por rockets perto de Chasiv Yar, no leste da Ucrânia, descreveram outros jornalistas da mesma agência.
O ataque que provocou a morte de Soldin, de 32 anos, aconteceu por volta das 16h30 locais (14h30 em Lisboa), na zona de Bakhmut, epicentro dos combates há vários meses.
A equipa da AFP, conta a agência, viu-se apanhada por foguetes Grad enquanto acompanhava um grupo de soldados ucranianos, tendo Soldin morrido quando um dos rockets atingiu as proximidades da zona em que o jornalista estava deitado. Foi a única vítima entre os jornalistas que compõem a equipa que liderava.
"Toda a agência está devastada com a perda do Arman", disse o líder da AFP, Fabrice Fries, que aponta a morte do jornalista como um "terrível lembrete dos riscos e perigos que os jornalistas enfrentam diariamente enquanto descrevem o conflito na Ucrânia".
Nascido em Sarajevo, Arman Soldin era cidadão francês e começou a trabalhar na AFP como estagiário na redação de Roma, em 2015, tendo mais tarde sido contratado em Londres.
Fez parte da primeira equipa que a agência de notícias enviou para a Ucrânia depois da invasão russa, chegando ao território do país no segundo dia de conflito, 25 de fevereiro de 2022. Era coordenador de vídeo.
Esta é a 11.ª morte entre jornalistas, contactos ou motoristas de equipas de comunicação social que trabalham sobre o conflito no terreno, segundo os Repórteres Sem Fronteiras e o Comité para a Proteção dos Jornalistas.