Jorge Armenta tinha recebido ameaças e estava a beneficiar de um programa de proteção para pessoas ameaçadas, defensores de direitos humanos e jornalistas.
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O repórter mexicano Jorge Armenta foi assassinado no sábado no norte do país, assim como um polícia municipal, elevando para três o número de jornalistas mortos no México desde o início do ano, disseram fontes judiciais.
O diretor do Medios Obson, um meio de comunicação online, foi vítima de um ataque armado em Ciduad Obregon (norte), no qual um polícia também foi morto e outro ferido, disseram os serviços do procurador local na rede social Twitter.
Jorge Armenta tinha recebido ameaças e estava a beneficiar de um programa de proteção para pessoas ameaçadas, defensores de direitos humanos e jornalistas, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) a representante mexicana da organização não-governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras, Balbina Flores.
Em abril, um jornalista desaparecido foi encontrado morto em Acapulco (sudoeste) e, no final de março, um repórter foi assassinado no estado oriental de Veracruz. O jornalista tinha denunciado várias ameaças de morte e agressões por parte de políticos locais.
O México é um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas. Mais de 100 foram assassinados desde 2000, incluindo dez em 2019, segundo a ONG.
"Cerca de 92% das mortes de jornalistas ficam impunes neste país", disse Flores.
Na sexta-feira, a ONG denunciou "negligência" e "atrasos" no processo legal em torno do homicídio em 2017 de Javier Valdez, jornalista mexicano e colaborador da AFP.