Um jovem iraquiano foi morto à facada, no sábado à noite, em Atenas, por cinco motards que perseguiam estrangeiros, anunciou a polícia, numa altura em que o país é acusado de negligência face à banalização da violência xenófoba.
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O rapaz, cuja idade não foi divulgada, morreu no hospital, para onde tinha sido transferido com «numerosas feridas provocadas por um objeto cortante», informa a polícia em comunicado.
As autoridade procuram agora os atacantes, «cinco pessoas em quatro motas, que já tinham tentado agredir um romeno e um marroquino na mesma zona», pode ler-se no comunicado.
O ataque é semelhante a dezenas de outras agressões que visaram imigrantes, refugiados ou gregos de origem estrangeiros e que têm ocorrido com regularidade nos bairros mais desfavorecidos da capital grega e outros centros urbanos num contexto de profunda crise social e económico e também de um aumento do ativismo neonazi.
Numa rara reação oficial, o ministro da ordem pública, Nikos Dendias, exprimiu a sua «profunda tristeza» com esta morte, sublinhando a determinação do Estado em punir estes atos.
A Grécia tem sido por organizações como o Conselho da Europa e a Human Rights Watch devido à ausência de medidas contra a violência xenófoba e a impunidade até agora garantida aos seus autores, muitos dos quais se julga serem próximos do partido neonazi Aube Dorée, que ganhou representação no parlamento depois de obter 7% dos votos nas eleições de junho.