Julgamento de Dilma com ânimos exaltados. Presidente do Senado admitiu que parecia um "hospício"
A sessão no Senado teve mesmo de ser suspensa, mas foi retomada e entrou noite dentro. Ao todo, mais de 12 horas, para ouvir metade das testemunhas de defesa de Dilma Rousseff.
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O segundo dia do julgamento final da Presidente com mandato suspenso, Dilma Rousseff, no Senado brasileiro, em Brasília, teve ânimos exaltados e ficou marcado por muitas ausências entre os senadores a favor da destituição.
A manhã começou com um debate sobre a imparcialidade de testemunhas, que levou a defesa a desistir de ouvir a ex-secretária de Orçamento Esther Dweck, recentemente nomeada assessora da senadora do Partido dos Trabalhadores (PT) Gleisi Hoffmann.
Contudo, os ânimos continuaram exaltados, com o próprio presidente do Senado, Renan Calheiros, a envolver-se numa discussão com Gleisi Hoffmann, dizendo que o julgamento decorria num "hospício", e os trabalhos tiveram de ser suspensos.
No final do dia, o Presidente da câmara alta do Congresso afirmou aos jornalistas que estava "arrependido" da discussão.
Na segunda-feira, será o grande dia do julgamento, quando Dilma Rousseff falar aos senadores.
A presidente, com mandato suspenso, deve levar uma comitiva de 33 pessoas, com destaque para Lula da Silva, 18 antigos ministros e lideres partidários.