O presidente Jean-Claude Juncker condenou hoje o discurso do primeiro-ministro húngaro sobre a introdução da pena de morte no país, prometendo "combate", se a "intenção" de Viktor Orbán for mesmo introduzir a pena de morte num dos estados-membros da União Europeia.
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Jean-Claude Juncker exigiu que o chefe do governo húngaro clarifique posições "imediatamente". O presidente da Comissão Europeia (CE) manifesta-se contra e promete o combate de Bruxelas, caso o governo húngaro mantenha os discurso favorável à pena de morte num estado-membro da União Europeia (UE).
Jean-Claude Juncker considera que um discurso favorável à pena capital põe em causa valores europeus e direitos fundamentais: "Na carta dos Direitos Fundamentais na União Europeia a pena de morte é proibida", sublinha.
Juncker não aceita um discurso a favor da pena de morte e manifesta-se contra, afirmando que é "um forte opositor da pena de morte, por inúmeras razões".
Esta semana, na sequência de um crime sangrento, num caso de contrabando de tabaco, o primeiro-ministro húngaro levantou a possibilidade da pena de morte ser introduzida na Hungria. Viktor Orbán quer que o assunto esteja na ordem do dia.
Estas declarações estão a causar grande mal-estar em todas as instituições europeias. E, Jean-Claude Juncker exige uma clarificação imediata: "O senhor Órban deve, imediatamente, tornar claro que essa não é a sua intenção. Se fosse, teríamos combate".
A Hungria é membro da UE desde 2004. A pena de morte foi abolida em 1990, na sequência da queda do muro de Berlim.