Concorrência dos EUA acusa Facebook de monopólio. Negócios com Instagram e WhatsApp em risco
O Facebook cimentou a sua posição no mercado, o que lhe vale uma avaliação de 800 mil milhões de dólares.
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O Facebook foi acusado esta quarta-feira pela Agência Federal para a Concorrência (FTC, na sigla em inglês) de ter criado um monopólio, "esmagando ilegalmente" a concorrência, numa referência às aquisições do Instagram e do WhatsApp.
De acordo com o New York Times, o grupo liderado por Mark Zuckerberg tem sido alvo de uma investigação há mais de um ano pelos reguladores federais e estaduais, que arrasam os negócios realizados para a aquisição da rede social Instagram, por mil milhões de dólares (825 milhões de euros), e do serviço de mensagens WhatsApp, avaliado em 20 mil milhões de dólares (16 mil milhões de euros).
Com as aquisições, conta o jornal norte-americano, o Facebook cimentou a sua popularidade e o domínio no setor, ajudando a catapultar a empresa para uma avaliação em mais de 800 mil milhões de dólares, cerca de 660 mil milhões de euros.
A decisão pode ter implicações no futuro do grupo, uma vez que os promotores querem reverter os negócios de aquisição do Instagram e do WhatsApp. "Durante quase uma década, o Facebook usou o seu poder de monopólio para esmagar rivais de menor dimensão e eliminar a concorrência", disse a procuradora-geral Letitia James, de Nova Iorque, que liderou a investigação.
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O jornal norte-americano refere também que Donald Trump e Joe Biden têm alertado para a influência das empresas tecnológicas, como o Facebook, Google ou Amazon. Os investigadores, de resto, abriram uma investigação à Google, em outubro, por alegado comprometimento com um monopólio.
A Comissão Europeia também já se comprometeu com uma nova legislação (a "Lei dos Serviços Digitais"), para controlar a forma como as principais plataformas expandem as suas atividades, combater a desinformação ou gerir dados pessoais. O objetivo de Bruxelas é proteger melhor os consumidores e os concorrentes mais pequenos.
A União Europeia também já desencadeou negociações para que as gigantes tecnológicas paguem impostos em território europeu. O objetivo é exigir impostos às multinacionais que domiciliam as receitas onde o regime fiscal é mais vantajoso.
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