O chefe da segurança sírio, o general Ali Mamluk e o antigo ministro libanês Michel Samaha, próximo de Damasco, foram hoje acusados pela justiça libanesa de terem preparado atentados no Líbano.
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A agência estatal libanesa ANN informou que um coronel sírio identificado apenas como Adnan também foi acusado pelos mesmos motivos.
Segundo o juiz militar Sami Sader, o ex-ministro libanês e os dois sírios tinham formado um grupo para organizar atentados de carácter confessional com engenhos explosivos transportados e armazenados no Líbano.
Os três são também suspeitos de ter preparado assassínios de figuras políticas e religiosas, de acordo com fonte citada pela France Presse.
O general Ali Mamluk, de 66 anos, tornou-se a 24 de julho o chefe do gabinete de segurança nacional, equiparado a ministro, dependendo diretamente do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Samaha, que foi ministro da Informação na década de 1990 e entre 2003 e 2004, foi detido na passada quinta-feira pelos serviços secretos libaneses.
A Síria manteve presença militar e tutela política no Líbano durante quase três décadas, até 2005, quando foi obrigada a retirar as suas tropas sob pressão internacional.
Sete anos após a retirada, as forças políticas do país continuam divididas quanto ao país vizinho.