A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, insistiu hoje que o líder líbio devia preocupar-se com o bem-estar do povo e avançar com a «transição democrática» em vez de fazer ameaças.
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Clinton respondeu assim, numa conferência de imprensa em Madrid, a uma mensagem transmitida pela televisão líbia, na sexta-feira, em que Kadhafi disse que «o grande povo líbio seria capaz de um dia levar a guerra ao mar Mediterrâneo e à Europa».
A responsável norte-americana e a sua homóloga espanhola, Trinidad Jiménez, analisaram hoje a situação na Líbia durante o encontro que mantiveram em Madrid, onde discutiram ainda outros temas da actualidade internacional, incluindo o Afeganistão.
Jiménez insistiu que os dois países continuarão a cooperar para «ajudar a consolidar as reformas» também na Tunísia e no Egipto, afirmando que a pressão militar e política vai continuar sobre o regime líbio.
«Ficaremos (na missão da Líbia) até que se cumpram os objectivos. O mais importante é proteger a população e permitir que o povo líbio possa cumprir as suas legítimas aspirações de viver em paz», considerou.
Clinton, que está hoje de visita oficial a Espanha, reúne-se com o rei Juan Carlos, com o primeiro-ministro, José Luis Rodríguez Zapatero e com o líder do Partido Popular (PP), Mariano Rajoy.