“Esta campanha, a nossa campanha, não é apenas uma luta contra Donald Trump", afirma Kamala Harris
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A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o recém-nomeado candidato a vice-presidente, Tim Walz, subiram esta quarta-feira juntos ao palco em Filadélfia, para o primeiro comício de campanha que representa “uma luta pelo futuro”.
A atual vice-presidente e o candidato à vice-presidência nas eleições de novembro arrancaram juntos a campanha, a três meses da ida a votos.
“Esta campanha, a nossa campanha, não é apenas uma luta contra Donald Trump. A nossa campanha – esta campanha – é uma luta pelo futuro”, frisou Kamala Harris, sob os aplausos dos seus apoiantes em Filadélfia, na Pensilvânia.
A democrata apresentou esta campanha como uma "luta da classe média e luta pela liberdade", alertando que decorre atualmente "um ataque contra liberdades e direito duramente conquistados": "Vejam a liberdade reprodutiva. Trump disse que quer punir mulheres e, como resultado das suas ações, atualmente nos Estados Unidos uma em três mulheres vivem num estado com proibição do aborto."
"Tim [Walz] e eu temos uma mensagem para Trump e os outros, que querem voltar atrás no tempo quanto aos direitos fundamentais: nós não vamos recuar", acrescentou.
Kamala Harris apresentou Walz como "o vice-presidente que a América merece". "Decidi encontrar um parceiro que pudesse ajudar a construir este futuro melhor", frisou Harris, brincando que as últimas duas semanas, desde que entrou na corrida à Casa Branca, foram "uma espécie de turbilhão".
"Estou aqui hoje porque encontrei um líder assim", garantiu.
A dupla está a iniciar uma visita de vários dias aos principais estados, que deverá definir o tom para campanha.
A Pensilvânia é um dos estados que permitiu ao atual chefe de Estado, Joe Biden, chegar à Casa Branca em 2020, e que voltará a ser decisivo este ano.
Kamala Harris disse estar "orgulhosa" por ter escolhido o governador do Minnesota para tentar ganhar as chaves da Casa Branca. Walz, antigo professor e treinador de futebol americano de 60 anos, é pouco conhecido fora das fronteiras do seu estado, mas foi considerado capaz de ajudar a conquistar o voto dos eleitores indecisos.
Desde que Walz foi anunciado, a campanha democrata já arrecadou mais de 20 milhões de dólares em doações de populares, de acordo com a campanha da atual vice-presidente norte-americana.
Kamala Harris, de 59 anos, teve apenas duas semanas para escolher o seu companheiro de corrida, após a retirada da candidatura de Joe Biden, originada por preocupações em torno do seu estado de forma aos 81 anos. Seguiu-se um processo de seleção acelerado em comparação com os longos meses normalmente necessários a escolha dos candidatos do Partido Democrata à Casa Branca. A lista de possíveis candidatos a 'vice' incluía Josh Shapiro, governador da Pensilvânia, e Mark Kelly, um ex-astronauta que se tornou senador pelo Arizona.
Desde a sua entrada na corrida, Kamala Harris compensou a lacuna deixada por Joe Biden sobre Donald Trump, ex-presidente e de novo candidato dos republicanos, nas intenções de voto e viu disparar os valores angariados para a sua campanha.
Em meados de agosto, a candidatura de Harris será formalizada na convenção democrata planeada para Chicago.
O ex-presidente tem atacado Harris, em particular, na questão migratória e também a acusou recentemente de se ter "tornado negra" por cálculo político.
