No centro de Kiev, a polícia tentou dispersar os manifestantes que estavam junto à sede do Governo e a ocupar a Praça da Independência e a Câmara Municipal.
Corpo do artigo
«As forças de segurança começaram a expulsar os manifestantes das ruas (...) onde o trânsito estava bloqueado. Até ao momento, não houve nenhum confronto violento», disse um porta-voz policial citado pela agência EFE.
Segundo um jornalista da France Presse no local, uma coluna das forças especiais avançou na direção dos manifestantes e alguns deputados da oposição pediram aos manifestantes para descerem a rua, até à Praça da Independência, centro dos protestos.
Um porta-voz policial anunciou a libertação dos edifícios públicos. A polícia diz ter recebido queixas de pessoas que se queriam movimentar e ir para casa e não podiam.
Um porta-voz policial, citado pela Agência Efe, diz que até agora não houve confrontos violentos. O embaixador português em Kiev, Mário Santos, em declarações à TSF, sublinhava também essa ideia. Há muita polícia na rua, mas não se verificam conflitos físicos.
No entanto, o partido da oposição de Yulia Tymoshenko disse que o edifício onde está a sede partidária foi atacado por forças especiais. Versão que é desmentida pela polícia.
Enquanto a tensão aumenta, o presidente ucraniano reuniu-se hoje com os responsáveis das forças de segurança e para amanhã tem prevista uma reunião com três antigos presidentes.
Este encontro servirá para preparar a mesa redonda nacional com os principais líderes da oposiçao e onde deverá estar também o possível candidato presidencial Vitali Klitschko.
O atual chefe de Estado diz que a realização desta mesa redonda pode ser o prenúncio de uma plataforma para o entendimento entre os atuais governantes e os opositores da política pró-russa e anti União Europeia.
Catherine Ashton, a alta representante da política externa dos 28, chega amanhã a Kiev para reuniões com o Governo, a oposição e a sociedade civil.
Hoje, Durão Barroso reforçou o apelo às autoridades ucranianas para que respeitem o direito à livre expressão e manifestação, deixando palavras de elogio aos jovens que por estes dias se manifestam nas ruas de Kiev.