O governo japonês expressou, esta segunda-feira, as suas condolências na sequência da morte do líder da Coreia do Norte, país com o qual o Japão não tem relações diplomáticas.
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«Expressamos as nossas condolências após termos recebido o anúncio da súbita morte de Kim Jong-il, presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte», afirmou o porta-voz do Executivo japonês, Osamu Fujimura.
«O governo japonês espera que este desenvolvimento inesperado não tenha um impacto negativo sobre a paz e estabilidade na península coreana», acrescentou.
O Japão, que ocupou a península coreana na primeira metade do século XX, mantém uma relação tensa com o seu vizinho norte-coreano desde a Guerra da Coreia (1950-53), sentindo-se directamente ameaçado por mísseis e testes nucleares norte-coreanos.
Tóquio tem também uma disputa particular a resolver com a Coreia do Norte na sequência do sequestro de japoneses nos anos 70 e 80 pelos serviços secretos de Pyongyang para aqueles ensinarem a língua e cultura japonesa aos seus agentes, situação admitida por Pyongyang em 2002. Muitos dos japoneses sequestrados nunca regressaram a casa.
A Coreia do Norte vê o Japão como uma potência imperialista e repreende aquele país por não ter pedido desculpas pelos crimes alegadamente cometidos durante a colonização da península.