O líder norte coreano, Kim Jong-il, foi hoje reconduzido no cargo secretário-geral do Partido dos Trabalhadores Coreanos, numa rara conferência nacional para escolher a liderança do país.
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A recondução foi anunciada em Pyongyang como «uma festiva ocasião» que mostra «o apoio total e plena confiança do partido e do povo no topo da liderança», disse a agência noticiosa oficial chinesa.
Kim Jong-il, 68 anos, herdou aquele cargo do pai, o antigo presidente Kim Il-sung, falecido em 1994, e analistas esperam que comece agora a preparar a transmissão do poder para o filho mais novo, Kim Jong-un.
O jovem Kim foi promovido a general na véspera da «histórica reunião» e deverá ascender também a um importante cargo dentro da hierarquia do partido.
Além de secretário geral do Partido dos Trabalhadores Coreanos (PTC), Kim Jong-il é presidente da Comissão de Defesa Nacional, que parece ser o núcleo central do poder na Coreia do Norte.
A conferência nacional do PTC iniciada hoje em Pyongyang é a primeira do género em 44 anos. A última, realizada em 1966, durou seis dias, mas, desta vez, o governo de Pyongyang não indicou quanto tempo durará nem o local onde decorre.
Segundo fontes sul coreanas, Kim Jong-il sofreu um ataque cardíaco e estará com pressa de assegurar a sua sucessão.
Uma irmã de Kim Jong-il, Kim Kyong Hui, foi também promovida ao posto de general.
De acordo com a biografia oficial, Kim Jong-il começou a trabalhar no Comité Central do PTC em 1964, com 22 anos, e nove anos depois entrou para o Politburo.
Entre 1992 e 1993, foi promovido a comandante supremo do Exército Popular da Coreia do Norte, um dos maiores do mundo, com mais de um milhão de efectivos, e substituiu o pai como presidente da Comissão de Defesa Nacional.
Kim Jong-il tem também o título de marechal desde 1992 e, em 1997 --, depois de cumprir três anos de luto pela morte do pai -- foi nomeado secretário-geral do PTC.
O único cargo do pai que Kim Jong-il não ocupa é o de Presidente da República, que continua vago.