O Kosovo alcançou a «plena soberania», quatro anos e meio depois da proclamação da independência da Sérvia, com o anúncio pelo Grupo de Orientação Internacional (ISG) do final da missão de vigilância.
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«A vigilância do Kosovo acabou. Vamos ao parlamento para informar os deputados que o Grupo de Orientação sobre o Kosovo decidiu terminar a fiscalização da independência» do Kosovo, anunciou à imprensa em nome do ISG o diplomata holandês Peter Feith.
O primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaçi, congratulou-se pelo acesso à soberania plena, que considerou um «sucesso histórico para o Estado do Kosovo».
«Numerosos desafios esperam o Kosovo, entre os quais a integração dos sérvios do norte», adiantou.
A soberania do governo kosovar é contestada no norte do território, com uma maioria de sérvios que rejeita a autoridade de Pristina.
O ISG anunciou em comunicado o encerramento «até ao final de 2012 do Gabinete Civil Internacional (ICO)», dirigido por Peter Feith, igualmente representante especial da União Europeia. O ICO tinha poder para impor leis e penalizar responsáveis do governo, que nunca utilizou.
A decisão do ISG não representa qualquer alteração para a EULEX (missão europeia de polícia e de justiça no Kosovo), cujo mandato foi recentemente prolongado até 2014, e para a força da NATO no Kosovo (KFOR).
Em Washington, o presidente norte-americano, Barack Obama, saudou a decisão do ISG, classificando-a de «etapa histórica» e apelando ao Kosovo para trabalhar no sentido de normalizar as relações com a Sérvia.