Dmitri Peskov defende uma relação baseada unicamente nos princípios do respeito mútuo, da segurança indivisível e dos interesses das partes.
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A presidência russa defendeu esta quarta-feira que a Rússia e o Ocidente terão de intensificar as suas relações, no futuro, mas apenas desde que os interesses e as preocupações de ambas as partes sejam respeitados.
"A comunicação é necessária. No futuro, teremos de conversar, seja como for. Os Estados Unidos não vão a lugar nenhum, nem a Europa. Teremos de interagir de alguma forma", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.
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Peskov argumentou que esta interação deverá basear-se unicamente nos princípios do respeito mútuo, da segurança indivisível e dos interesses das partes, admitindo que isso não acontecerá nos próximos tempos.
"É possível regressar agora ao espírito de Genebra, quando ainda havia esperança? Dificilmente podemos ter esperança, quando percebemos o que está a acontecer agora", disse Peskov, questionado sobre o aniversário da primeira reunião entre os líderes da Rússia e dos EUA, em Genebra, que se assinala na quinta-feira.
O porta-voz do Kremlin defendeu ainda que, nas condições atuais, "pode haver nova esperança", mas apenas baseada numa forma de interação totalmente diferente daquela que foi tentada há um ano.