Em Lampedusa ainda não está concluída a operação de resgate ao largo desta ilha, no sul de Itália. Quase uma semana depois do naufrágio com imigrantes ilegais continuam a ser recuperados corpos.
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Já na quinta-feira, horas depois do naufrágio a presidente da Câmara de Lampedusa, dizia que não sabia onde pôr vivos e mortos, e a situação tem vindo a agravar.
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Cinco dias depois dezenas de corpos continuam dentro de camiões frigoríficos estacionados junto a um dos hangares do aeroporto.
Até agora foram encontrados 211 corpos e há ainda cerca de 200 pessoas desaparecidas.
Só esta manhã foram encontrados mais 17 cadáveres e a operação de resgate ainda não está terminada.
Até ontem os esforços centraram-se no exterior do barco, mas hoje passaram para o interior.
Os mergulhadores começaram a retirar corpos que ficaram presos no porão e noutros locais do navio.
Esta manhã chegou à ilha um barco proveniente da Sicília e que vai transportar alguns dos corpos para que possam ser sepultados.
Surgiram entretanto críticas à forma como começou a operação de socorro.
Pescadores de Lampedusa garantem que a guarda costeira inicialmente se limitou a filmar o que estava a acontecer sem tentar salvar as pessoas.
A guarda costeira ter-se-á mesmo recusado a acolher alguns dos resgatados dizendo que a lei não o permitia.
São críticas que as autoridades recusam e garantem que 20 minutos depois do alerta já estavam no local a ajudar.