O criminoso de guerra mais procurado do mundo, o húngaro Laszlo Csatary, 97 anos, vai ficar sob regime de prisão domiciliária depois de ter sido acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Militar da Hungria.
Corpo do artigo
Csatary, «foi acusado de colaboração na organização da deportação de 15.700 judeus húngaros para o complexo de Auschwitz, na Polónia, entre 1941 e 1944», durante a II Guerra Mundial, disse à agência AFP o advogado de defesa, Gabor Horvath, adiantando que Laszlo Csatary já se declarou «não culpado» dos crimes de que é acusado.
A ordem do juiz do tribunal militar determina que Csatary fica sob regime de prisão domiciliária durante os próximos 30 dias, com o passaporte apreendido.
Para o Centro Simon Wiesenthal, organização judaica que investiga e localiza criminosos de guerra nazis desde a II Guerra Mundial, Csatary é atualmente um dos homens mais procurados por crimes de guerra em todo o mundo.
O advogado de Csatary, não revelou à imprensa a localização da residência do suspeito que foi presenteao Tribunal Militar de Budapeste e posteriormente conduzido a casa.
À saída do edifício do tribunal, Csatary vestia um fato cinzento, transportava um saco de plástico numa das mãos e, apesar da idade, apresentava-se em boa forma física, de acordo com o jornalista da AFP no local.
Csatary, oficial de polícia durante a ocupação nazi, fugiu para o Canadá após a guerra (1939-1945) e trabalhou como negociante de arte sob identidade falsa antes de regressar à Hungria, nos anos 1990, após ter perdido a nacionalidade canadiana.
A Justiça da Hungria começou as investigações em setembro de 2011, depois do Centro Wiesenthal ter fornecido informações sobre crimes de guerra.