Os deputados britânicos deverão votar entre as 21h00 e 22h00 sobre se aprovam a iniciativa para introduzir legislação que impõe um novo adiamento do Brexit para impedir uma saída sem acordo a 31 de outubro.
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É uma reunião entre os legisladores e os "rebeldes" do partido conservador de Boris que pode pôr tudo a perder para o líder do Governo britânico, no regresso aos trabalhos parlamentares após o verão, que decorrerá esta terça-feira.
Os deputados britânicos deverão votar entre as 21h00 e 22h00 sobre se aprovam a iniciativa para introduzir legislação que impõe um novo adiamento do Brexit para impedir uma saída sem acordo a 31 de outubro.
Uma moção para um debate de emergência deverá ser apresentada pelas 18h00 e esta determina que o debate acabe, no máximo, às 22h00, mas cabe ao líder da Câmara dos Comuns, John Bercow, decidir se aceita a proposta e a duração do debate, cujo final pode ser antecipado.
A moção, liderada pelo deputado trabalhista Hilary Benn mas subscrita por vários conservadores (o partido no Governo) como Oliver Letwin e Philip Hammond, visa introduzir um projeto de lei que pretende descartar um Brexit sem acordo a 31 de outubro.
O texto exige que, até 19 de outubro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, seja obrigado a dar aos deputados as opções de aprovar um acordo de saída ou de aprovar uma saída sem acordo, caso contrário terá de pedir uma nova extensão da data de saída até 31 de janeiro.
O antigo ministro das Finanças Philip Hammond afirmou esta terça-feira estar confiante de que um número suficiente de deputados conservadores vai contrariar o Governo e fazer passar a moção e o projeto de lei que adia o Brexit por mais três meses.
"A prioridade é prevenir uma saída sem acordo a 31 de outubro, e veremos o que acontecerá depois disso", confirmou Jeremy Corbyn."Veremos o que acontecerá depois da mudança de legislação, e, se houver uma eleição, estarei pronto para a disputar", atirou ainda, de acordo com a agência Reuters.
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A mudança das leis requer o aval de dois terços dos legisladores, que querem tentar bloquear a tentativa do primeiro-ministro de abandonar a União Europeia sem acordo.
Numa altura em que os mercados ingleses reagem com a descida do valor da libra para valores históricos, o Parlamento reúne-se para uma tarde de trabalhos. Em pauta está um possível adiamento do Brexit, eventualidade que poderá obrigar Boris Johnson a marcar eleições antecipadas, assegura uma fonte junto do Governo britânico.
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Já passaram mais de três anos desde o referendo e as providências para uma saída da UE estão cada vez mais mergulhadas numa maré de tumulto.
Boris Johnson avisou os legisladores esta segunda-feira de que convocaria eleições se o Parlamento o deixasse de mãos atadas, ao conseguir um adiamento do Brexit previsto, para já, para 31 de outubro.
Por outro lado, Bruxelas revelou ser "uma possibilidade muito proeminente" a saída do Reino Unido sem acordo.