Perto de 4,3 milhões de finlandeses são este domingo chamados às urnas para eleger um novo Governo, depois de uma campanha marcada pelo debate em torno da ajuda externa a Portugal.
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Os partidos eurocépticos que se opõe à concessão de ajuda financeira ou em aumentar o montante do fundo de resgate europeu pareciam estar a ganhar terreno na recta final da campanha.
Ao contrário dos restantes países, onde a decisão cabe ao Governo, a Finlândia é o único membro da Zona Euro onde a concessão deste empréstimo depende de uma autorização prévia pelo Parlamento.
O partido conservador Kokoomus, liderado pelo actual ministro da Economia finlandês, Jyrki Katainen, é o grande favorito, segundo as últimas projecções.
As sondagens avançaram que o partido de Katainen, representante de uma direita moderada, poderá obter 21,2 por cento das intenções de voto, enquanto os centristas do partido Keskusta, da primeira-ministra finlandesa Mari Kiviniemi, e os sociais-democratas, liderados pela ex-professora Jutta Urpilainen, poderão não ultrapassar os 18 por cento.
A extrema-direita finlandesa, liderada pelo carismático eurodeputado Timo Soini, poderá ser a grande surpresa, mantém-se junto das principais forças, ao recolher entre 15,4 e 18,4 por cento dos votos.
Caso se confirmem estes resultados, a formação Perussuomalaiset (Verdadeiros Finlandeses, em português), que representa uma direita populista, anti-imigração e eurocéptica, poderá quadruplicar a percentagem votos que obteve nas eleições legislativas em 2007 (4,1 por cento), um feito sem precedentes na história da Finlândia.