A nuvem de cinzas que parou a Europa em 2010 não é nada comparada com os danos que este vulcão pode provocar. O Katla pode estar prestes a entrar em erupção.
Corpo do artigo
O vulcão Katla, na Islândia, pode entrar em erupção a qualquer momento, alertam cientistas islandeses e britânicos.
Este vulcão de grandes dimensões, considerado "muito perigoso", tem dado nos últimos dias sinais que geralmente antrecedem uma erupção
As medições junto à cratera coberta de gelo, a mais de 1.500 metros de altitude, revelaram emissões de dióxido de carbono em larga escala, sinal de que as câmaras subterrâneas se estão a encher de magma.
O Katla está a emitir diariamente entre 12 e 24 quilotoneladas de dióxido de carbono, valor apenas ultrapassado por outros dois vulcões e o equivalente a 5% do total de emissões de CO2 provocadas pelos vulcões de todo o mundo.
"Não há forma de dizer quando vai entrar em erupção, só que vai", disse este domingo Sarah Barsotti, co-coordenadora da secção de Vulcanologia do Instituto Meteorológico da Islândia, em declarações ao jornal The Times.
O jornal escreve ainda que uma eventual erupção do Katla tem potencial para ser mais violenta do que o despertar do Eyjafjallajokull, em 2010, quando o fumo e cinza constrangiam o tráfego aéreo na Europa, afetando milhares de passageiros.
A nuvem de cinzas do Katla, "chaleira" ou "fervedor" em islandês, pode ser três vezes maior do que a de há oito anos. Se vai ou não provocar os mesmos problemas nos céus, tudo vai depender da direção do vento.
As autoridades têm a postos planos de evacuação, já que para além de fumo e cinza este vulcão pode expelir magma.
A última vez que o Katla entrou em erupção foi há quase precisamente cem anos, em 1918.
Dias depois da publicação desta notícia, uma das entrevistadas, Evgenia Ilyinskaya, acusou o jornal The Times de ter deturpado as suas declarações para traçar em cenário alarmista.
"Eu disse explicitamente que não estávamos em posição de dizer se o vulcão Katla está prestes a entrar em erupção ou não; e que é improvável que, em caso de erupção, os problemas no tráfego aéreo sejam tão graves como em 2010. Estão a mentir aos vossos leitores", escreveu no Twitter.
1043920989824983040
[Notícia atualizada às 10h20de dia 12 de outubro]