Na Venezuela, Hugo Chávez vai ter menos um rival na corrida às presidenciais do próximo ano. Esta segunda-feira, o Supremo Tribunal venezuelano proibiu o líder da oposição, Leopoldo López, de se candidatar às eleições.
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Leopoldo López era até agora um dos três principais candidatos da oposição para as primárias que vão escolher o adversário de Hugo Chávez, que procura nas eleições do próximo ano o terceiro mandato.
O candidato viu, esta segunda-feira, o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano rejeitar uma resolução da Comissão Inter-americana de Direitos Humanos, que condenava o estado venezuelano, e que habilitava o opositor a entrar na corrida contra o actual presidente da Venezuela.
Leopoldo López foi acusado de corrupção pelo Governo de Caracas, além de proibido de assumir cargos públicos até 2014.
Mas o líder do partido Vontade Popular não foi até agora julgado pelas acusações, que surgiram depois de uma alegada doação que a PDVSA - Petróleos de Venezuela S.A, uma empresa petrolífera do estado, terá feito em 1998 a uma organização política da qual Leopoldo Lopez foi membro.
A doação causou polémica porque a mãe do candidato era na época uma das funcionárias da empresa e terá sido a responsável pela assinatura do cheque.
As autoridades também acusaram Leopoldo López de desviar verbas públicas de Chacao, um bairro de Caracas no qual era governante, mas Caracas o julgamento também ainda não decorreu.
Leopoldo López e seus assessores ainda não se manifestaram sobre a decisão a tomar. A dúvida é se o candidato vai tentar reverter anulação ou se vai apoiar outro candidato.