
DR/El País
A Confederação Hidrográfica do Ebro (CHE), em Espanha, levantou hoje o alerta vermelho emitido para Navarra devido à subida do nível dos rios, mantendo o alerta para as regiões do Ebro e de Castejón. No entanto, há uma previsão de pico de cheia para amanhã em toda a província de Saragoça.
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Cerca das 10:00 de hoje (menos uma hora em Lisboa), segundo dados disponibilizados na página na Internet da CHE, o caudal do Ebro, na localidade com o mesmo nome, era de 1.676 metros cúbicos por segundo e a altura do rio marcava 6,68 metros, quando na sexta-feira, no pico da subida das águas, atingia os 2.400 metros cúbicos por segundo e uma altura de 7,80 metros.
Mais de um milhar de pessoas, residentes em Boquineni e Pradilha, foram realojadas no sábado, devido às inundações do rio Ebro, que submergiram cerca de 20 mil hectares de terra na província de Aragão (norte de Espanha).
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Esta é a quarta inundação dos rios Ebro, Arga e Ega nas últimas semanas e, para evitar os danos da cheia de 2003, as autoridades estão a retirar as populações de localidades como Boquinhéni, Pradilla, Gallur, Cabañas, Alcalá de Ebro e Alagon, e a realojar as pessoas em casas de família ou em pavilhões polidesportivos.
Ao todo mais de 750 pessoas estão agora sem saber quando podem regressar a casa perante a preocupação com as cheias.
As populações e os autarcas locais têm mostrado alguma revolta, alegando que as autoridades centrais espanholas têm deixado que o lixo, o cascalho e ervas daninhas se acumulem no leito do rio e a falta de limpeza contribui para a subida exagerada das águas, quando as barragens precisam de fazer descargas por motivos de segurança.
Quando tal acontece, os primeiros a sofrer são as povoações construídas em zonas mais baixas, como é o caso de Novillas, a primeira cidade de Aragão, onde o rio inundou cerca de 15 casas e obrigou a retirar 80 idosos de duas localidades vizinhas.
O governo regional de Aragão já mobilizou vizinhos com máquinas e a ajuda da Proteção Civil espanhola, e com 125 elementos da Unidade de Emergência Militar para se erguerem barreiras e diques e evitar a entrada das águas em áreas urbanas.
O plano de emergência é hoje analisado na reunião em Saragoça com o Secretário de Estado do Ambiente e conselheiros de Aragão, La Rioja e Navarra.