O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados anunciou que vai diminuir a assistência alimentar aos refugiados sírios que estão no Líbano. Em causa está a falta de verbas.
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A partir de 1 de outubro, por falta de fundos, os refugiados sírios vão receber assistência limitada.
Roberta Russo, porta-voz no Líbano do alto Comissariado da ONU para os Refugiados, explica que foi feito um apelo para a atribuição de fundos para a missão do ACNUR naquele país de 1,7 mil milhões de dólares, mas, até agora, só receberam 27 por cento dessa quantia.
Trata-se de uma situação que leva esta agência das Nações Unidas a ter de distinguir quem consegue sobreviver sem ajuda e os refugiados em situação mais vulnerável.
A porta-voz sublinha que é normal nas grandes operações ajudar todos num primeiros momento e, posteriormente, tornar esse apoio mais seletivo.
No entanto, Roberta Russo reconhece que, neste caso, está em causa a falta de verbas.
A decisão de reduzir a assistência alimentar vai afetar 200 mil pessoas, ou seja, cerca de 28 por cento dos refugiiados atualmente no Líbano.
A responsável lembra que, com a possibilidade de o conflito sírio se intensificar, a gestão de fundos disponíveis tem de ser ainda mais racional.
Roberta Russo garante ainda assim que 72 % dos refugiados vão continuar a receber assistência alimentar e os considerados mais necessitados vão mesmo ter acesso a mais cuidados de saúde
e apoio na educação.
Esta decisão do organismo liderado por António Guterres
ilustra as dificuldades enfrentadas plo programa de ajuda aos refugiados sírios.
Ao todo, o número de deslocados des que começou o conflito naquele país é já de dois milhões de pessoas.