O novo presidente do Conselho de Ministros da CPLP admitiu que a questão da liberdade de circulação no easpaço desta comunidade ainda vai «demorar». Luís Amado prometeu ainda «ambição» nos dois anos em que vai desempenhar esta tarefa.
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O novo presidente do Conselho de Ministros da CPLP admitiu, esta quinta-feira, que a questão da liberdade de circulação nesta comunidade é um assunto que ainda vai «demorar».
«A ideia de uma comunidade de cidadãos com direitos iguais neste espaço a prazo pode ser uma realidade, mas isso demora muito tempo», explicou Luís Amado, que lembrou estes direitos na Europa, ao fim de 50 anos, ainda «não estão harmonizados».
No final da sessão da manhã do Conselho de Ministros da CPLP, o chefe da diplomacia portuguesa, que assumiu esta quinta-feira este cargo na comunidade lusófona, prometeu «ambição» para os dois anos em que estará nesta função.
«O plano político e diplomático é um dos principais activos da comunidade que vamos explorar durante a nossa presidência com mais frequência e ambição», acrescentou Luís Amado.
Entre as orientações da presidência portuguesa estarão a harmonização das diferentes legislações dos oito Estados-membros da CPLP, uma vez que «há condições jurídicas diferentes».
Luís Amado confirmou ainda que o Conselho de Ministros da organização aprovou a integração do Senegal como observador associado da CPLP, aguradando-se agora a ratificação na cimeira de chefes de Estado e Governo, marcada para sexta-feira.
Quanto à integração de Marrocos, que deveria ser discutida em Lisboa, o chefe da diplomacia portuguesa explicou que a questão já não figura na agenda e que esta será alvo de negociações durante os próximos dos anos, tal como a de outros países.
O ministro dos Negócios Estrangeiros esclareceu ainda que, esta tarde, será analisada a situação do Zimbabué, o envio de uma missão de observação eleitoral às legislativas angolanas de 5 de Setembro, bem como assuntos internos da CPLP e regionais.