O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse hoje que a liberdade de imprensa não é a «liberdade de insultar», descrevendo a publicação de caricaturas do profeta Maomé como uma «grave provocação».
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«A publicação daquela caricatura é uma provocação grave (...). A liberdade de imprensa não significa a liberdade de insultar», afirmou o primeiro-ministro islamo-conservador à imprensa, em Ancara, antes de partir para Bruxelas.
Ahmet Davutoglu vicou que «não se pode aceitar insultos ao profeta».
O primeiro número do jornal satírico Charlie Hebdo depois do ataque à redação na semana passada, e que provocou a morte de 12 pessoas, tem na capa uma caricatura de Maomé, de lágrima no olho, segurando uma folha com a frase 'Je suis Charlie', a mesma que foi utilizada por milhões de pessoas que se manifestaram em defesa da liberdade de expressão.
O desenho tem como título "Tudo está perdoado".
Na quarta-feira passada, dois homens encapuzados e armados, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, entraram na redação do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas: 10 jornalistas e dois polícias.