A oposição fala em mais de "100 mil manifestantes" nas ruas.
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Dezenas de milhares de pessoas regressaram este domingo aos protestos na capital da Bielorrússia. Em Minsk, os manifestantes regressaram à Praça da Independência com bandeiras brancas e vermelhas, as cores do protesto exigindo que o presidente Aleksandr Lukashenko renuncie ao lugar que ocupa há 26 anos.
Os manifestantes protestam contra aquilo que dizem ter sido umas eleições fraudulentas, gritando palavras de ordem como "liberdade".
Fontes próximas da oposição afirmam que já saíram à rua mais de 100 mil manifestantes naquele que é o segundo domingo consecutivo de protestos, diz a agência de notícia France Press (AFP).
Está previsto um cordão humano que junte manifestantes ao longo de 30 quilometros entre a capital da Lituania Vilnius e a fronteira com a Bielorrússia.
Em causa está a reeleição do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, o qual tem enfrentado manifestações diárias e um movimento de greve convocado pela oposição, desde que foram anunciados os resultados que lhe atribuíram 80% dos votos, contra 10% de Svetlana Tikhanovskaia.
Os manifestantes contestam os resultados, considerando-os "fraudulentos", e denunciam "repressão brutal", como descreve a AFP. "Se [Lukashenko] realmente ganhou a eleição, então por que é que tanta gente vai às ruas contra ele?", questiona Yevgeny, um manifestante de 18 anos. Já Nikita, de 28 anos, refere que Lukashenko "quer que todos se dispersem e vivam como antes", mas garante: "Nada nunca mais será igual".
Na semana passada, em Minsk, mais de 100.000 pessoas reuniram-se para exigir a saída de Lukashenko que está no poder há 26 anos no poder.
Mas o presidente bielorrusso descartou a saída do cargo, conforme solicitado pela sua principal adversária na votação de 09 de agosto, 10Svetlana Tikhanovskaïa que após as eleições se exilou na Lituânia por medo ameaças, conforme relataram familiares.