O grupo radical islâmico intensificou recentemente os seus ataques nas zonas rurais de Borno, que fizeram mais de 150 mortos na última semana.
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O grupo radical islâmico Boko Haram libertou quatro das mais de 200 crianças sequestradas na Nigéria, noticiaram hoje jornais locais, citando fontes do Governo de Chibok, localidade no oeste do país onde foram raptadas.
Outros meios de comunicação social, que citam fontes da mesma origem, contradizem esta versão, indicando que foram as meninas que conseguiram escapar dos raptores do Boko Haram.
Com estas quatro, em liberdade desde quarta-feira, são 57 as meninas que saíram do cativeiro, apesar de as autoridades nigerianas estimarem que se encontram detidas ainda outras 219 crianças.
Na segunda-feira, o exército da Nigéria garantiu ter localizado as menores mas descartou a possibilidade de recorrer ao uso da força para as libertar.
As mais de 200 raparigas, que foram sequestradas a 14 de abril numa escola de Chibok, continuam retidas pelo grupo armado.
O Boko Haram ameaçou vender as raparigas se as autoridades não libertarem membros do grupo.
A possibilidade de uma troca de prisioneiros - as meninas raptadas por rebeldes detidos nas prisões do Estado - exigida pelo chefe do grupo terrorista, Abubakar Shekau, foi,porém, recentemente descartada pelo Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan.
O grupo radical islâmico intensificou recentemente os seus ataques nas zonas rurais de Borno, que fizeram mais de 150 mortos na última semana.
Quarta-feira, pelo menos 40 pessoas morreram e uma dezena de outras ficaram feridas na sequência de um ataque na localidade de Gurmuchi, onde um grupo de homens armados abriu fogo contra os moradores e incendiou inúmeras casas.
O Boko Haram, que significa nas línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana, no norte, e predominantemente cristão, no sul.
Desde que a polícia executou em 2009 o então líder e fundador da seita, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma campanha violenta que já provocou mais de 4 mil mortes.