As autoridades líbias anunciaram que detiveram suspeitos no âmbito da investigação ao ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi, no leste do país, durante o qual morreram o embaixador e outros três norte-americanos.
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Na sequência do ataque, o presidente norte-americano, Barack Obama, pediu a colaboração da Líbia para a detenção e julgamento dos responsáveis por aquelas mortes.
Os Ministérios «do Interior e da Justiça iniciaram a investigação e a recolha de provas e algumas pessoas foram detidas», anunciou o vice-ministro do Interior líbio, Wanis al-Sharef, citado pela agência France Presse.
Este responsável recusou indicar o número de detenções ou adiantar pormenores, «para não prejudicar a investigação».
O governo líbio tinha anunciado horas antes a formação de uma comissão independente para investigar o ataque, ocorrido na terça-feira à noite e que coincidiu com o 11.º aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Segundo o porta-voz da Alta Comissão de Segurança do Ministério do Interior, Abdelmonem al-Horr, a comissão é presidida por um juiz e composta por especialistas dos Ministérios da Justiça e do Interior.
Al-Horr afirmou que a investigação «é muito complicada» porque a multidão presente no perímetro do consulado na altura do ataque «não era homogénea». «Havia extremistas, cidadãos comuns, mulheres, crianças, criminosos», disse.
Inicialmente atribuído a manifestantes que protestavam contra um filme considerado insultuoso para o Islão, o ataque terá sido antes, segundo um responsável norte-americano, uma operação coordenada.
Segundo esse responsável, elementos extremistas terão aproveitado a manifestação para atacar o consulado com armas de pequeno calibre mas também com lança-granadas.