O representante em Paris do Conselho Nacional de Transição (CNT) negou que a rebelião líbia tenha assinado com a França um documento, prometendo-lhe 35 por cento do petróleo líbio.
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Horas antes do início em Paris de uma cimeira sobre a reconstrução líbia, o jornal francês Libération publicou uma carta datada de 3 de Abril com cabeçalho da «Frente Popular para a Libertação da Líbia», dirigida ao emir do Qatar, na qual se diz que o CNT assinou «um acordo atribuindo 35 por cento do total do petróleo bruto aos franceses em troca de apoio total e permanente ao nosso Conselho».
«Nunca ouvi falar dessa frente», reagiu o representante em Paris do CNT, em declarações à agência France Presse, sublinhando que «todos os documentos, todos os acordos válidos são assinados pelo CNT».
Em declarações à rádio RTL, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Alain Juppé, disse não ter conhecimento de tal carta, mas considerou «lógico» que os países que apoiaram os rebeldes sejam privilegiados na reconstrução.
À margem de uma reunião do patronato francês, o presidente do grupo petrolífero francês Total disse que não está ao corrente de qualquer acordo entre a França e o CNT.
No entanto, Christophe de Margerie disse que o grupo estava presente na Líbia «antes da revolução».
Entretanto, o ultimato feito pelos rebeldes líbios aos apoiantes do regime de Muammar Kadhafi em Sirte para que se rendam foi prolongado uma semana.