O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico aconselhou os cidadãos britânicos e de outras nacionalidades a sair de Tripoli, alvo dos confrontos entre os rebeldes e as forças leais a Kadhafi.
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«Temos conhecimento de cidadãos estrangeiros, entre os quais britânicos, que deixaram o país hoje de manhã», disse hoje à BBC p secretário de Estado dos Assuntos Estrangeiros britânico, Alistair Burt.
«O nosso conselho - há muito tempo - é de que devem deixar o país», acrescentou.
A Grã-Bretanha retirou centenas de cidadãos em Fevereiro passado, quando se iniciaram os combates, e pediu aos restantes - com dupla-nacionalidade, jornalistas e pessoal de assistência médica - para se registarem junto da Embaixada.
Desde aí, já lhes foram apresentadas «várias opções» para deixarem o país, disse um porta-voz do Ministério.
Entretanto, o ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, confirmou hoje que o antigo número dois do regime líbio Abdelsalem Jalloud está em Itália.
Antigo número dois do regime líbio, caído em desgraça em meados dos anos 1990, Jalloud juntou-se sexta-feira aos rebeldes depois de ter conseguido fugir da capital líbia.
Os combates em Tripoli continuam hoje e a NATO já veio dizer que a situação no país está a mudar e que está a ser mais difícil de identificar alvos para ataques aéreos à medida em que o movimento contra Kadhafi ganha terreno.
Segundo o coronel Roland Lavoie, a maioria dos combates está concentrada em cidades e vilas, o que complica a identificação de alvos.
«Já não há a tradicional linha da frente como tivemos em outras fases do conflito», afirmou.
Também hoje, a Tunísia anunciou que reconhece o «Conselho Nacional de Transição» na Líbia (CNT), organismo político dos rebeldes, como o representante legítimo do povo líbio.