O primeiro-ministro líbio garante que Saif al-Islam vai ter um julgamento justo, mas antes o ministro da justiça tinha admitido que o filho de Kadhafi pode enfrentar a pena de morte.
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Saif-al Islam instigou outras pessoas a matar, utilizou indevidamente dinheiros públicos e recrutou mercenários. O ministro interino da justiça diz que esta é uma pequena amostra dos crimes de que o filho de Kadhafi será acusado, e quando lhe perguntam se com estes crimes pode ser condenado à morte, respondeu que «sim».
É sabido que o Tribunal Penal Internacional (TPI) quer julgar Saif al-Islam por crimes contra a humanidade, tendo em conta as acusações de que ele terá ordenado a morte de manifestantes durante a revolução no país.
Mas as autoridades líbias querem julgá-lo em casa por crimes alegadamente cometidos em anos anteriores. O ministro interino da justiça garante que já tomaram as medidas legais necessárias para lhe assegurar um julgamento justo.
Enquanto isso sucedem-se as reacções internacionais. Um porta voz do TPI já veio dizer que Tripoli tem a obrigação de entregar o filho de Kadhafi, mas não exclui a possibilidade do julgamento ser realizado na Líbia.
Dos EUA chega o apelo para que as autoridades líbias tratem todos os prisioneiros de acordo com as normas internacionais.
A União Europeia exige uma cooperação total de Tripoli com o TPI. O mesmo apelo é feito pela França, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros pede ainda que seja garantido um julgamento justo.