Depois de ter sido absolvido, Anwar Ibrahim disse que foi feita justiça e prometeu derrubar o governo liderado pelo primeiro-ministro Najib Razak, há mais de cinco décadas no poder.
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O líder da oposição malaia foi absolvido, esta segunda, da acusação de sodomia, decisão festejada pela família e por numerosos apoiantes que se encontravam à porta do Supremo Tribunal do país, na capital Kuala Lumpur.
Em declarações aos jornalistas, Anwar Ibrahim afirmou que «justiça foi feita» com a sua absolvição e prometeu derrubar o governo do país nas próximas eleições.
«Sinto-me vingado, mas ainda temos uma agenda e uma luta à frente. Temos de focar-nos agora nas eleições», realçou Ibrahim, que entende que houve uma tentativa de o afastar das próximas eleições, que deverão ser convocadas até ao início de 2013.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, que lidera a coligação que governa o país desde a independência do Reino Unido, há mais de cinco décadas, tem negado todas as acusações de envolvimento neste caso.
Numa mensagem publicada no Twitter, pouco depois da leitura da sentença, Anwar Ibrahim adiantou que «nas próximas eleições, a voz do povo vai ser ouvida e este governo corrupto vai ser derrubado do seu pedestal de poder».
Após a leitura desta sentença, duas pessoas ficaram feridas na sequência de várias explosões ocorridas em Kuala Lumpur, nas imediações do tribunal, onde foi declarada a inocência de Anwar Ibrahim.
Em declarações à imprensa local, o porta-voz da polícia de Kuala Lumpur, Ramli Mohamed Yoosuf, confirmou a existência de três explosões nas imediações do Supremo Tribunal, uma situação que levou à suspensão de uma marcha que os apoiantes de Anwar Ibrahim tinham planeado fazer.