Denis Pushilin carregou, juntamente com militares e alguns cidadãos, uma grande bandeira com as cores preto e laranja da fita de São Jorge, um símbolo militar amplamente reconhecido na Rússia.
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O líder separatista da autoproclamada República de Donetsk encabeçou esta segunda-feira um desfile em Mariupol para assinalar o Dia da Vitória soviética sobre a Alemanha nazi e disse que esta cidade ucraniana será para sempre parte da região pró-Rússia.
Denis Pushilin carregou, juntamente com militares e alguns cidadãos, uma grande bandeira com as cores preto e laranja da fita de São Jorge, um símbolo militar amplamente reconhecido na Rússia, e gritando "Hurrah!", como pode ver-se num vídeo publicado pelo canal independente bielorrusso Nexta Live.
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Falando a partir de Mariupol, captado pela agência oficial russa TASS, o líder pró-russo de Donetsk, vestido com um casaco cinzento com a letra "Z", símbolo da campanha militar russa na Ucrânia, disse que "a Rússia está aqui [nesta cidade] para sempre".
"Finalmente a cidade está em casa. É agora território da República Popular de Donetsk para sempre. Ninguém pode tirar-nos isso. Temos força, temos oportunidades, temos o apoio do maior e mais bonito país: a Rússia", disse aos residentes de Mariupol.
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Segundo Pushilin, a autoproclamada República de Donetsk, território ucraniano que foi reconhecido como independente pelo Presidente russo, Vladimir Putin, poucos dias antes de lançar a sua campanha militar na Ucrânia, enfrenta agora a tarefa de recuperar o controlo dos seus territórios, e decidirá então sobre o seu futuro.
"Assim que chegarmos às fronteiras constitucionais da República Popular de Donetsk, estas são as fronteiras da antiga região de Donetsk, tomaremos a próxima decisão. Mas as pessoas devem ter uma palavra a dizer. Vamos chegar a isso. Só não nos adiantamos", afirmou.
"Agora a principal tarefa é libertar todas as nossas terras, começar a reconstruir cidades", declarou o líder independentista.
Em 21 de abril, a Rússia declarou como controlada pelas suas forças aquela cidade portuária sitiada, onde mais de 90% das infraestruturas foram destruídas pela ofensiva militar russa.
No entanto, há ainda um último reduto da resistência ucraniana com um número indeterminado de defensores entrincheirados na siderúrgica Azovstal.