Líderes da UE exigem "pausa humanitária imediata" que conduza a cessar-fogo em Gaza
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, acrescentando que o acesso humanitário "total e em segurança" é "essencial".
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O presidente do Conselho Europeu anunciou esta quinta-feira que a União Europeia (UE) vai pedir uma "pausa humanitária para alcançar um cessar-fogo sustentável", apelando à necessidade de reverter a "situação catastrófica" na Faixa de Gaza.
"Alcançámos uma declaração forte e unida dos líderes da UE sobre o Médio Oriente na reunião do Conselho Europeu. A UE exige uma pausa humanitária imediata para alcançar um cessar-fogo sustentável", escreveu Charles Michel na rede social X (antigo Twitter).
O presidente do Conselho Europeu acrescentou que o acesso humanitário "total e em segurança" é "essencial para fazer chegar à população a assistência vital numa situação catastrófica em Gaza".
De acordo com as conclusões da cimeira divulgadas, entretanto, os lideres europeus estão "profundamente preocupados com a situação catastrófica" no enclave palestiniano, que desde o início de outubro de 2023 está a ser diariamente bombardeado pelas tropas israelitas.
Israel iniciou a intervenção militar em Gaza na sequência de um atentado perpetrado pelo movimento islamita Hamas, no dia 07 de outubro do ano passado, e a resposta e já provocou a morte de pelo menos 30.000 pessoas, de acordo com as autoridades palestinianas.
As conclusões também apontam a Telavive e exigem decisões "imediatas para impedir que haja mais pessoas deslocadas" e que seja disponibilizado abrigo aos palestinianos "para assegurar que todos os civis estão protegidas".
Apesar de ainda não haver acordo sobre sanções, nas conclusões da cimeira estão incluídas críticas à violência de colonos israelitas e uma "condenação veemente" destes atos.
"Os infratores têm de ser responsabilizados. O Conselho Europeu exige ao Conselho [da UE] acelerar o trabalho rumo à adoção de medidas restritivas. O Conselho Europeu condena as decisões do Governo de Israel em toda a Cisjordânia ocupada" e "insta Israel a reverter estas decisões", acrescentaram os líderes.