Líderes da UE reúnem-se em Bruxelas com Médio Oriente em cima da mesa. David Cameron chega a Israel

AFP
Teerão lançou um ataque de drones e mísseis sem precedentes contra o território israelita. Acompanhe as reações ao minuto na TSF.
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O primeiro-ministro, Luis Montenegro, reúne-se, esta quarta-feira, em Bruxelas, com os chefes de Estado ou de governo da União Europeia, naquela que será a sua estreia em cimeiras europeias.
A reunião informal, inicialmente com debates agendados sobre o mercado interno e a relação da União Europeia com a Turquia, terá como tema inevitável a escalada da tensão no Médio Oriente. O Conselho Europeu deverá “condenar firmemente” o ataque lançado pelo Irão contra Israel, apelando a Teerão e aos colaboradores do regime para que “cessem completamente os seus ataques”.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros aterrou esta manhã em Israel. Num momento em que o mundo aguarda a retaliação prometida por Israel contra o Irão, David Cameron deverá reunir-se com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Israel promete uma resposta depois do Irão ter disparado mais de 300 drones e mísseis contra o território hebraico.
O Conselho de Segurança vai debater e votar na quinta-feira o pedido apresentado pela Palestina para se tornar um Estado-membro de pleno direito das Nações Unidas, disseram fontes diplomáticas.
As fontes, que pediram para não serem identificadas, disseram à agência de notícias France-Presse na terça-feira à noite que a votação vai coincidir com uma reunião do organismo sobre a situação na Faixa de Gaza.
Esta reunião do Conselho de Segurança, prevista há várias semanas, deverá contar com a presença de diplomatas de vários países árabes.
O porta-voz do Exército israelita disse esta segunda-feira que as vítimas do bombardeamento contra o Consulado iraniano em Damasco eram terroristas mobilizados contra Israel, no primeiro comentário oficial das forças de Telavive sobre o ataque ocorrido há duas semanas.
"As pessoas mortas em Damasco eram membros da Força Quds [braço de operações especiais estrangeiras da Guarda Revolucionária]. São pessoas envolvidas no terrorismo contra o Estado de Israel", disse Daniel Hagari em conferência de imprensa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português chamou esta terça-feira o embaixador iraniano em Lisboa, a quem reiterou a condenação do ataque contra Israel e renovou a "exigência da libertação imediata" do navio "MSC Aries", anunciou o Palácio das Necessidades.
Numa nota divulgada esta terça-feira, o MNE indica que "o embaixador da República Islâmica do Irão foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros esta manhã, 16 de abril".
Nervosos e expectantes. É assim que estão os portugueses que vivem em Israel. Tentam perceber quando é que Israel irá responder ao ataque do Irão, depois de o gabinete de guerra israelita ter anunciado que a retaliação será "inevitável", sem, no entanto, ter adiantado mais informações. David Nora, investigador português que está a fazer um doutoramento em Jerusalém, relata à TSF que, agora, o medo é que possa haver ataques ainda mais fortes da parte do Irão nos próximos dias.
"Todas as pessoas neste momento estão 24 sobre 24 horas agarradas ao telemóvel a ver as notícias que circulam. Foi claro para nós que a resposta iria acontecer logo, sabíamos que Israel não seria de ficar quieto. Agora, a nossa questão é como é que vai ser essa resposta. Estamos um pouco apreensivos com essa tomada de decisão porque o segundo ataque do Irão já não vai ser como o primeiro, então temos receio que o dano causado pelo segundo ataque seja maior e que a interceção não seja tão eficaz", conta David Nora.
As autoridades iranianas alertaram esta terça-feira que responderão "em segundos" com "armas não utilizadas até agora" a uma possível retaliação de Israel ao ataque iraniano de sábado com 'drones' e mísseis.
"Os sionistas devem saber que desta vez não terão 12 dias e a resposta que receberão não será em horas ou dias. Será dada em segundos", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e principal negociador nuclear do Irão, numa entrevista à televisão estatal.
Ali Bagheri Kani referia-se a uma possível retaliação israelita contra o ataque do Irão no sábado, que também foi uma resposta ao atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no dia 01 de abril.
Por sua vez, o porta-voz da Comissão de Segurança Nacional do Parlamento iraniano, Abolfazl Amouei, afirmou que o ataque de sábado não utilizou "poder significativo" e que os iranianos estão prontos para usar novas armas.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se esta terça-feira por videoconferência para discutir o agravamento das tensões no Médio Oriente, depois do ataque iraniano de grande escala contra Isreal.
A reunião, na qual vai participar o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, vai realizar-se inteiramente por videoconferência e foi convocada pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell.
Os governantes reúnem-se pelas 17h00 locais (16h00 em Lisboa).
A Casa Branca negou que o Irão tenha transmitido um "aviso prévio" do ataque contra Israel no sábado e disse que, apesar de uma troca de mensagens, nunca foram avançados horas ou alvos.
"Já vi o Irão dizer que emitiu um aviso prévio para ajudar Israel a preparar as defesas e limitar os danos potenciais. Este ataque falhou porque foi derrotado por Israel, pelos Estados Unidos e por uma coligação de outros parceiros empenhados na defesa de Israel", disse o porta-voz de segurança da Presidência norte-americana, John Kirby, numa conferência de imprensa na segunda-feira.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou esta segunda-feira à comunidade internacional para "continuar unida" face à "agressão iraniana, que ameaça a paz mundial", após os mísseis e drones [aparelhos aéreos não tripulados] lançadas pelo Irão contra Israel.
"A comunidade internacional deve continuar unida para resistir a esta agressão iraniana, que ameaça a paz mundial", escreveu o primeiro-ministro numa mensagem difundida pelos seus serviços nas redes sociais.
A companhia aérea britânica EasyJet anunciou, esta segunda-feira, que está a suspender os voos de e para Telavive até 21 de abril, alegando preocupações de segurança depois de o Irão ter atacado Israel com drones e mísseis.
O chefe do Exército de Israel, Herzi Halevi, disse esta segunda-feira às suas tropas numa base militar atingida pelo ataque sem precedentes do Irão que Israel irá responder.
"Este lançamento de tantos mísseis no território do Estado de Israel terá uma resposta", garantiu Halevi durante uma visita à base de Nevatim, no sul do país, de acordo com um comunicado emitido pelo Exército e citado pela AFP.
O exército israelita anunciou esta segunda-feira a reabertura, na maior parte do país, de escolas que tinham sido fechadas no sábado por razões de segurança face às ameaças do Irão, anunciou fonte oficial.
A República Islâmica realizou um ataque sem precedentes com 'drones' (aeronaves sem tripulante) e mísseis contra Israel durante a noite de sábado para domingo, que alegou ter "frustado" a operação com a ajuda de países aliados.
Depois de avaliar a situação, "foi decidido retomar as atividades educativas em todo o país" a partir de segunda-feira, sujeitas, no entanto, a "restrições" na zona fronteiriça com o Líbano e em localidades próximas da Faixa de Gaza, disse o porta-voz do exército, Daniel Hagari, na rede social X (antigo Twitter).
O Governo admitiu esta segunda-feira "muita preocupação" na União Europeia (UE) sobre o impacto energético das tensões no Médio Oriente, embora garantindo que Portugal tem reservas de gás e petróleo a 90%, capazes de fornecer energia ao país "durante semanas".
"Há aqui uma preocupação sobre o que se está a passar no Médio Oriente e como é que isso pode ter efeitos nos preços da energia. Estamos muito preocupados. No entanto, no caso de Portugal, as nossas reservas estão bem e praticamente cheias -- tanto de gás como de petróleo --, mas são finitas e esgotam-se", declarou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
O Irão afirmou esta segunda-feira ter capturado por violação das normas marítimas internacionais o cargueiro MSC Aries, de bandeira portuguesa e com registo na Região Autónoma da Madeira, propriedade da empresa Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres.
"O navio foi direcionado para águas territoriais iranianas devido à violação dos regulamentos marítimos internacionais e à falta de resposta às autoridades iranianas", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, numa conferência de imprensa.
A Alemanha anunciou esta segunda-feira ter convocado o embaixador iraniano em reação à medida semelhante tomada por Teerão no domingo relativamente aos embaixadores alemão, francês e britânico no contexto do ataque realizado pelo Irão contra Israel.
"Posso confirmar que o embaixador iraniano foi convocado esta manhã para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e que as discussões estão em curso", disse um porta-voz do ministério durante uma conferência de imprensa em Berlim.
Os três diplomatas europeus foram "convocados ao ministério", na sequência "das posições irresponsáveis" das autoridades daqueles países, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.
Trinta e cinco portugueses que optaram por deixar o Irão após o ataque a Israel no sábado partiram para Istambul onde, ainda esta segunda-feira, apanharão um voo para Lisboa, segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
De acordo com José Cesário, os restantes portugueses deverão também chegar a Istambul esta segunda-feira à noite ou terça-feira e depois viajar para Lisboa. Neste grupo estão nove turistas portugueses que estão a fazer de carro a viagem até à Turquia.
O Irão afirmou esta segunda-feira ter capturado por violação das normas marítimas internacionais o cargueiro MSC Aries, de bandeira portuguesa e com registo na Região Autónoma da Madeira, propriedade da empresa Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres.
"O navio foi direcionado para águas territoriais iranianas devido à violação dos regulamentos marítimos internacionais e à falta de resposta às autoridades iranianas", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, numa conferência de imprensa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano pediu esta segunda-feira o fim da escalada de tensão e violência regional e o cumprimento das resoluções internacionais para evitar "uma explosão em todo o Médio Oriente".
"O Ministério apela, mais uma vez, ao fim da escalada, da ameaça de guerra e das represálias militares em todas as suas formas, assim como o retorno ao respeito das normas do direito internacional e às resoluções com legitimidade internacional como o único elemento dissuasor para evitar as consequências de uma explosão em todo o Médio Oriente", alertou num comunicado.
O ministério libanês alertou que a região está "à beira do abismo", lembrando ainda que a guerra na Faixa de Gaza -- entre Israel e o Hamas, que dura há mais de seis meses - não foi interrompida devido ao fracasso na implementação de uma resolução relevante do Conselho de Segurança da ONU.
A França intercetou mísseis e 'drones' iranianos apontados a Israel no sábado à noite, a pedido da Jordânia, disse esta segunda-feira o Presidente francês, que quer "fazer tudo o que for possível para evitar uma conflagração" no Médio Oriente.
"Temos uma base aérea na Jordânia (...). O espaço aéreo jordano foi violado por estes ataques. Enviámos os nossos aviões para o ar e intercetámos o que tínhamos de intercetar", declarou Emmanuel Macron, aos canais BFMTV-RMC.
A autoridade de Aviação Civil do Irão reabriu esta segunda-feira os aeroportos, incluindo os dois de Teerão, encerrados no dia anterior, na sequência dos ataques com mísseis e 'drones' contra Israel.
"A partir das 06h00 (03h30 em Lisboa), os voos no aeroporto Imã Khomeini voltaram ao normal", anunciou o departamento de relações públicas do aeródromo internacional de Teerão.
Ebrahim Moradi, membro do conselho de administração do aeroporto internacional de Mehrabad, disse que todas as restrições de voo neste aeroporto, em Teerão, foram levantadas e os voos retomados às 05h30 (02h00 em Lisboa), indicou a agência de notícias Tasnim.
A reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas terminou sem um consenso relativamente ao conflito no Médio Oriente. O Irão "não teve outra escolha senão exercer o seu direito à autodefesa", declarou o embaixador iraniano nas Nações Unidas, Amir Saeid Jalil Iravani, num Conselho de Segurança convocado após o ataque de Teerão sem precedentes contra Israel.
"O Conselho de Segurança [da ONU] falhou no seu dever de manter a paz e a segurança internacionais" ao não condenar o ataque de 01 de abril contra o consulado iraniano em Damasco, na síria, declarou Iravani.
"Sob estas condições, a República Islâmica do Irão não teve outra escolha senão exercer o seu direito à legítima defesa", declarou, citado pela agência France-Presse, garantindo que Teerão não queria uma escalada, mas responderia a "qualquer ameaça ou agressão".
Para o editor internacional da TSF, Ricardo Alexandre, o aumento da tensão entre Telavive e Teerão acaba por dar vantagem ao governo israelita que recupera algum apoio interno e externo relativamente à operação em Gaza.
A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou este domingo a suspensão das ligações com origem e destino para Telavive, em Israel, Amã na Jordânia e Erbil no Curdistão iraquiano.
O embaixador de Israel na ONU alertou este domingo que o Irão "está mais perto do que nunca da bomba nuclear", apelando a medidas urgentes para travar o país e citando o ataque a Israel como exemplo do comportamento iraniano perigoso.
"O Irão está mais perto do que nunca de uma bomba nuclear. Imaginem o que aconteceria se estes drones ou mísseis transportassem ogivas nucleares. Já chega [...] O Irão tem de ser travado", afirmou Gilad Erdan numa mensagem publicada na sua conta X, antigo Twitter.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a população do Médio Oriente enfrenta o perigo real de um "conflito devastador em grande escala" e apelou à "máxima contenção", frisando que "é hora de recuar do abismo".
Os líderes do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, "condenaram unanimemente o ataque sem precedentes do Irão a Israel", afirmou hoje o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no final da reunião.
A reunião decorreu hoje, por videoconferência, e foi na rede social X (antigo Twitter) que o presidente do Conselho Europeu defendeu que "todas as partes devem mostrar contenção".
Portugal vai continuar a "desenvolver todas as diligências previstas e adequadas" relativamente ao navio com pavilhão português capturado pelas autoridades iranianas, mas, dada a sensibilidade da situação, irá "manter reserva", disse este domingo fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O embaixador de Portugal em Teerão reuniu-se de manhã (10h30, hora de Lisboa) com o chefe da diplomacia do Irão, para obter esclarecimentos sobre a captura do navio com pavilhão português no Estreito de Ormuz.
As Forças de Defesa de Israel mostram imagens da operação que permitiu abater "99% dos drones e mísseis" lançados por Teerão.
Os EUA rejeitam uma escalada da violência no Médio Oriente depois do ataque iraniano contra Israel. Este domingo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou, numa entrevista à NBC, que os norte-americanos não desejam uma guerra direta contra o Irão.
"O que vimos esta manhã foi um incrivel sucesso militar de Israel, mas também de outros países que ajudaram Israel a defender-se contra mais de 300 drones e misseis. É um exemplo extraordinário da superioridade militar que Israel demonstrou na última noite. Acho que também ficou claro que Israel tem amigos, que não está sozinho neste cenário atual. Agora, se e como Israel vai responder, cabe a eles. Entendemos e respeitamos isso, mas o presidente dos Estados Unidos foi muito claro: Não estamos à procura de uma guerra com o Irão, não queremos uma escalada. Continuaremos a ajudar Israel a defender-se", disse John Kirby.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da União Europeia (UE) vão reunir-se esta terça-feira, de forma extraordinária e por videoconferência, para analisar a situação no Médio Oriente, após o ataque que o Irão lançou no sábado contra Israel.
A reunião extraordinária é convocada pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, que hoje anunciou que a reunião terá como objetivo "contribuir para a desescalada e a segurança na região", como escreveu na rede social X.
Essa reunião servirá para analisar a situação no Médio Oriente, na sequência do ataque que o Irão lançou no sábado contra Israel, em resposta ao bombardeamento israelita da embaixada iraniana em Damasco.
Bom dia. Abrimos este liveblog para acompanhar em permanência a tensão no Médio Oriente, na sequência do ataque realizado pelo Irão contra Israel. As Forças de Defesa Israelitas a par dos aliados ocidentais, como os EUA e Reino Unido, confirmaram o lançamento de mais de 300 mísseis e drones, que foram intercetados.
Apenas alguns entraram no espaço aéreo israelita e foram abatidos pela Cúpula de Ferro.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, condenou hoje o ataque do Irão a Israel no sábado à noite e defendeu que o Estado português “está obrigado a ser um construtor da Paz” em respeito da Constituição da República.
“É em respeito da Constituição da República e da própria revolução [do 25 de Abril] que o Estado português está obrigado a ser um construtor da Paz, a ser um agente da Paz e não a ser um promotor e um incentivador da guerra”, afirmou.
O líder comunista falava aos jornalistas depois de ter participado na deposição de cravos junto ao memorial do 25 de Abril na vila de Grândola, no distrito de Setúbal, ao som da música “Grândola, Vila Morena”.
“Condenamos esta escalada que começou de forma mais expressiva com o bombardeamento de Israel ao Consulado do Irão, em Damasco, e que teve agora esta resposta militar por parte do Irão”, acrescentou.
E defendeu que “é preciso acabar de uma vez por todas com o massacre e com o genocídio do povo palestiniano, reconhecer os seus direitos, reconhecer o seu Estado e o seu direito próprio ao seu próprio desenvolvimento”.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha acusou hoje o Irão de colocar “conscientemente” o Médio Oriente "à beira do precipício", ao disparar centenas de foguetes, drones e mísseis contra Israel.
Annalena Baerbock, que fazia uma intervenção em Frankfurt, disse que o regime iraniano "quase mergulhou uma região inteira no caos", pelo que apelou a "todos os atores da região para agirem com cautela", porque "a espiral de escalada deve ser quebrada".
As palavras de Baerbock foram proferidas numa altura em que o chanceler alemão, Olaf Scholz, está de visita à China, onde também apelou à contenção de todas as partes na sequência dos ataques iranianos.
"Só podemos apelar a todos, e ao Irão em particular, para que não continuem nesta via", afirmou à imprensa.
O Governo português recebeu contactos de mais de meia centena de cidadãos portugueses que estavam em turismo no Médio Oriente. Trata-se deu m grupo no Irão de 47 pessoas, que está a sair por via terrestre, outros 13 em Israel.
O secretário de Estado das Comunidades Portugueses, José Cesário, disse ainda à TSF que o país está preparado para caso seja necessário efetuar um repatriamento de cidadãos nacionais do Médio Oriente para Portugal.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, lê-se numa nota divulgada pela Presidência. A reunião está marcado para terça-feira, 16 de abril, às 18h00 no Palácio de Belém.
O presidente do Irão afirmou este domingo que o ataque lançado no sábado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou hoje o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje como uma "medida defensiva" e de "legítima defesa", numa resposta "às ações agressivas do regime sionista [Israel] contra os objetivos e interesses do Irão", nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.
O Irão convocou os embaixadores da França, Alemanha e Reino Unido para uma reunião, noticia a agência estatal IRNA, citada pela France-Presse. A convocatória dos diplomatas ocidentais ocorre após o ataque levado a cabo contra Israel.
Os chefes de Estado e de Governo do G7 vão realizar uma videoconferência hoje ao início da tarde "para debater o ataque iraniano contra Israel", anunciou o Governo italiano, que detém atualmente a presidência deste grupo de países industrializados.
"A presidência italiana do G7 convocou uma videoconferência a nível de líderes para o início da tarde de hoje", afirmou o Governo italiano num breve comunicado.
O movimento islâmico Hamas considerou este domingo a resposta iraniana, com mais de 300 drones, mísseis balísticos e de cruzeiro lançados sábado contra Israel, como "um direito natural e uma resposta merecida".
"Nós, no Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), consideramos a operação militar levada a cabo pela República Islâmica do Irão contra a entidade ocupante sionista como um direito natural e uma resposta merecida ao crime de ataque ao consulado iraniano em Damasco", a 01 deste mês, referiu, num comunicado, o Hamas, movimento apoiado por Teerão.
O secretário-geral das Nações Unidas condenou o ataque lançado no sábado à noite pelo Irão contra Israel, pedindo "o fim imediato das hostilidades" antes de uma "escalada devastadora".
Num comunicado divulgado esta noite, António Guterres considerou que "o ataque de larga escala lançado contra Israel pela República Islâmica do Irão" é "uma escalada séria".
As Forças de Defesa de Israel confirmaram o disparo de 170 drones, mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos por parte do regime de Teerão.
Israel afirmou que 99% dos mais de 300 'drones' e mísseis disparados pelo Irão, no ataque de sábado à noite, foram intercetados, e que a defesa israelita foi um "êxito estratégico muito significativo".
O chefe das forças armadas iranianas disse este doming que o ataque realizado durante a noite contra Israel “alcançou todos os seus objetivos”.
“A Operação Honest Promise foi realizada com sucesso entre ontem (sábado) à noite e esta manhã, e alcançou todos os seus objetivos”, declarou o general Mohammad Bagheri na televisão, especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) e mísseis iranianos.
Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram “o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias” para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 01 de abril, bem como “a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas ‘F-35' que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.
“Estes dois centros foram consideravelmente danificados e colocados fora de serviço”, garantiu.
