Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão tentar hoje chegar a acordo sobre a atribuição dos altos cargos europeus ainda em aberto, numa cimeira extraordinária, em Bruxelas, na qual também abordarão a crise ucraniana.
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Tudo indica que o atual primeiro-ministro Polaco, Donald Tusk virá a ser o sucessor do belga Herman Van Rompuy, na presidência do Conselho Europeu. E, para a Alta Representação da União Europeia para a Política Externa, o nome da atual ministra italiana dos Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, é apontado por fontes diplomáticas como o mais provável para a sucessão de Catherine Aston.
No entanto, há ainda questões em aberto. E dar a presidência do Conselho Europeu a um nacional de um Estado-Membro de um país exterior à zona euro é visto por alguns países, como um cenário mais controverso. E os nomes do ex-primeiro-ministro da Letónia, Valdis Dombrovskis e o do chefe do executivo finlandês, Jyrki Katainen também aparecem na entre os possíveis sucessores de Herman Van Rompuy. Fontes diplomáticas garantem que a poucas horas do arranque da cimeira a lista final ainda não está fechada.
Outra questão controversa tem a ver com o facto de nesta altura, em que 24 Estados-Membros já apresentaram os nomes para os comissários europeus, apenas 4 são mulheres. Fica aquém do objectivo do futuro presidente da Comissão Europeia. Jean-Claude Juncker queria superar o número do actual executivo e ter pelo menos 10 comissárias. Conseguirá no máximo sete.
Este dado é visto com apreensão pelos Eurodeputados. E hoje mesmo, no habitual discurso, após o encontro com o Chefes de Estado ou de governo, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz fará um discurso, no qual destacará a importância do equilíbrio de género na futura Comissão, numa altura em que o parlamento ainda vai ter de se pronunciar e tem poderes para chumbar o colégio de comissários.