Os chefes de Governo de Portugal e de Espanha defenderam, hoje, em Baiona, Vigo, a implementação de uma segunda fase de reformas para ancorar as a herança da crise, nomeadamente o desemprego e a dívida.
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Na declaração conjunta após o final da reunião plenária da 28ª Cimeira Luso-Espanhola, Pedro Passos Coelho e Mariano Rajoy assinalam a consolidação da recuperação económica em 2014 e o "final da crise" em 2015 para ambas as economias, "certificada" pela Comissão Europeia e por outros organismos internacionais.
No entanto, ambos os Governos estão convictos que as reformas a nível nacional, como as empreendidas em Portugal e Espanha, devem ser completadas com a ambiciosa agenda de reformas no âmbito da União Económica Monetária (UEM).
"Concretamente, a UEM deve agora entrar numa segunda fase de reformas para ancorar as respostas de emergência dos anos transatos, mas também de forma a lidar com a herança acumulada da crise, sobretudo ao nível do desemprego e da dívida.
O crescimento de movimentos "populistas e antieuropeus deve também ser visto como uma advertência para os riscos de fragmentação política na União Europeia (UE)", acrescenta a declaração.
Deste modo, os dois chefes de Governo defendem "uma reforma a longo prazo da arquitetura da área do Euro, crucial, significaria um compromisso político renovado com a moeda única e traduzir-se-ia num maior bem-estar dos cidadãos do Euro".