Depois do fracasso da missão de observadores, a Liga Árabe apelou à ONU que envie uma força de paz para a Síria. O objectivo é criar condições para um cessar fogo.
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Num projecto de resolução, que está a ser divulgado pelas agências internacionais, os estados árabes pedem o reforço das sanções económicas contra Damasco e a suspensão de todas as formas de cooperação diplomática com o regime de Bashar Al-Assad.
No apelo feito às Nações Unidas , a Liga Árabe deixa claro que o envio da força de paz terá também a participação dos países árabes.
Com esta proposta, os países árabes deixam cair a missão de observadores que tinham no país. Já este domingo, logo no início do encontro no Cairo, o chefe desta missão pediu para abandonar o cargo, sem adiantas as razões desse pedido.
A Liga Árabe decidiu também reforçar o apoio aos grupos que se opõem ao regime de Bachar al-Assad, a quem apelam agora para se unirem. A abertura dos canais de comunicação com a oposição e o apoio politico e logístico foram as medidas aprovadas.
Quanto ao regime sírio, os ministros árabes dos negócios estrangeiros decidiram endurecer as sanções económicas e romper com todas as formas de cooperação diplomática, quer seja em organismos ou em conferências internacionais.
A Liga Árabe defende que a violência contra civis viola a lei internacional e, por isso dizem que os autores destes actos na Síria têm de ser punidos.
No terreno, as acções de violência não param, em especial em Homs. Só esta manhã quatro civis foram mortos, de acordo com informações avançadas pelo Observatório Sírio dos Direitos do Homem.
Contas feitas a quase um ano de violência, mais de seis mil pessoas já perderam a vida.
Entretanto, a Síria anunciou que recusa categoricamente as decisões tomadas pela Liga Árabe, esta tarde, e afirma que a resolução aprovada apenas reflecte o que Síria diz ser a histeria de alguns países árabes.
Esta posição foi transmitida pelo representante sírio na Liga Árabe, que é também o embaixador no Cairo, e que não participou na reunião deste domingo.