Ouvido pela TSF, Luís Amado afirma que a entrada da Lituânia na zona euro era um passo inevitável depois da adesão das vizinhas Estónia e Letónia.
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A 01 de janeiro, a Lituânia adota o euro, tornando-se o 19.º Estado-membro da zona euro e reforçando laços com a Europa perante a ameaça russa, enquanto a vizinha Letónia assume a presidência rotativa da União Europeia.
A Lituânia, com cerca de três milhões de habitantes, torna-se assim o último dos três países bálticos a integrar o espaço monetário único, depois da Letónia e da Estónia.
Esta adesão é também vista como um modo de reforçar a sua segurança, através de maior integração europeia, num momento de grande ansiedade sobre as intenções da Rússia na região. Lituânia, Letónia e Estónia libertaram-se da União Soviética em 1991 e aderiram à UE e à NATO em 2004.
Ouvido pela TSF, Luis Amado considera que esta entrada da Lituânia na zona euro era um passo inevitável, depois da adesão das vizinhas Estónia e Letónia. Para o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros esta é, de resto, uma forma da Lituânia garantir maior proteção das pressões geopolíticas vindas do lado de Moscovo.
Entre os cidadãos lituanos, 53 por cento apoiam a mudança de moeda e 39% são contra, segundo uma sondagem levada a cabo em novembro pelo banco central. Os receios prendem-se sobretudo com os prováveis aumentos de preços e as dificuldades que atravessa a zona euro.
A Lituânia junta-se assim aos outros dois países bálticos que já aderiram à zona euro, Letónia (2014) e Estónia (em 2011), e ainda Eslováquia (2009), Chipre e Malta (2008), Eslovénia (2007), Grécia (2001), Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda e Portugal (1999).