Milhares de migrantes estão a tentar entrar na Polónia e os responsáveis políticos de Riga temem uma escalada do problema. Bruxelas acusa Lukashenko e companhias aéreas de transferir migrantes para as zonas fronteiriças.
Corpo do artigo
A Lituânia declarou esta terça-feira o estado de emergência na fronteira com a Bielorrússia. É a primeira vez que o Estado báltico toma esta medida devido à crise migratória. De acordo com as agências internacionais, a ministra lituana do Interior justifica a adoção desta medida por causa da situação na fronteira com Polónia.
O estado de exceção entra em vigor à meia-noite e, a partir dessa hora, não haverá liberdade de circulação na região fronteiriça.
A Polónia acusou diretamente Vladimir Putin de ser o responsável por toda a situação. O primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, diz que o ataque está a ser executado por Lukashenko, mas executado pelo Kremlin.
A União Europeia acredita que há países que estão a ajudar a Bielorrússia a transferir migrantes para as fronteiras com a Polónia e com a Lituânia.
O porta-voz da Comissão afirmou que estados como Rússia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, Geórgia e Paquistão estão a apoiar Minsk nas represálias às sanções impostas ao regime de Minsk.
Ao todo, são 20 países que estão sob suspeita e estão a ser monitorizados. A União Europeia contactou alguns países para lhes dar conta das preocupações que tem e o Iraque, por exemplo, já suspendeu as ligações aéreas para a Bielorrússia.
Bruxelas está a estudar a adoção de um novo conjunto de sanções contra o regime de Lukashenko e contra algumas companhias aéreas suspeitas de tráfico de pessoas por transportarem migrantes e refugiados para Minsk.