Missão especial lituana na Ucrânia deverá demorar cerca de um mês.
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A Lituânia criou uma missão especial para avaliar as necessidades de assistência adicional à Ucrânia e coordenar as ações de apoio a Kiev "face à agressão da Rússia", noticiou esta terça-feira a agência ucraniana Ukrinform.
A missão iniciou os seus trabalhos na Ucrânia na segunda-feira, segundo a agência de notícias estatal ucraniana, que cita um comunicado do Governo de Vílnius.
"Durante a sua estada na Ucrânia, a missão reunir-se-á com representantes das instituições da Ucrânia, avaliará as necessidades de assistência da Ucrânia em várias áreas, e coordenará os mecanismos de prestação de assistência", lê-se no comunicado divulgado no 'site' do Governo lituano.
"Está previsto que a missão trabalhe na Ucrânia durante cerca de um mês", acrescenta o executivo lituano.
A missão é liderada pelo embaixador extraordinário e plenipotenciário Jonas Daniliauskas, e inclui representantes do gabinete do Governo e dos Ministérios da Defesa Nacional, da Energia, do Interior, da Saúde, e da Segurança Social e do Trabalho.
Os estados bálticos da Lituânia, Letónia e Estónia decidiram fornecer à Ucrânia o sistema de defesa aérea portátil "Stinger" e mísseis "Javelin" antitanque fabricados pelos Estados Unidos, segundo a agência de notícias ucraniana.
A Lituânia, a Letónia e a Estónia são membros da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Os dirigentes ucranianos e ocidentais acusam a Rússia de ter enviado dezenas de milhares de tropas para a fronteira da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.
A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança.
Essas exigências incluem uma garantia de que a Ucrânia nunca será membro da NATO e que a Aliança retirará as suas tropas na Europa de Leste para posições anteriores a 1997.
Os chefes da diplomacia russa, Sergei Lavrov, e norte-americana, Antony Blinken, têm agendada para hoje uma conversa telefónica sobre a crise entre a Ucrânia e a Rússia.