"Locais turísticos não correm perigo." Cônsul honorário de Portugal diz que não há portugueses afetados pelo fogo em Tenerife
O cônsul honorário de Portugal em Tenerife, Vicente Alvarez Gil, avança, em declarações à TSF, que até ao momento não há portugueses afetados pelo incêndio.
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O incêndio florestal em Tenerife já afeta 8400 hectares, tem um perímetro de 70 quilómetros com uma grande frente no norte da ilha e obrigou à retirada de mais de 12 mil pessoas, segundo dados oficiais.
De acordo com os dados avançados no sábado pelo presidente das Ilhas Canárias, Fernando Clavijo, o incêndio obrigou à retirada de 12.279 pessoas, um número inferior aos 26 mil inicialmente avançados e que correspondiam a estimativas provisórias.
Ainda assim, o cônsul honorário de Portugal em Tenerife, Vicente Alvarez Gil, garante à TSF que o incêndio não está a afetar as zonas turísticas, tranquilizando os turistas portugueses, defendendo que não há razões para que as férias sejam alteradas.
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"O consulado tem recebido muitas chamadas de cidadãos portugueses a perguntar se há algum perigo em realizar as férias em Tenerife e posso assegurar que os locais turísticos não correm nenhum perigo. O aeroporto de Tenerife está aberto, nunca fechou e a zona turística e a zona rodeada pelo mar não estão em perigo", assegura.
Sublinhando que o Governo envia informações diárias ao consulado, Vicente Alvarez Gil afirma, ainda, que não tem indicação de haver portugueses afetados pelo incêndio.
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"De momento, não há nenhum cidadão português em perigo, nem com problemas. O Governo informa-nos todos os dias da situação em relação aos cidadãos portugueses e de momento não há problemas. Os incêndios graves estão em zonas montanhosas, nas florestas e não afetam, de momento, os núcleos urbanos importantes", destaca.
O cônsul insiste, assim, que os fogos são na montanha e não afetam quem vai para Tenerife fazer praia ou passear na cidade.
As condições atmosféricas sugerem uma noite difícil, mas o trabalho dos meios aéreos e terrestres permitiu manter estável 90% do perímetro da frente sul do incêndio, disse Clavijo.
Por outro lado, na zona norte, a situação é mais complicada e apenas 20% da superfície está estabilizada.
O potencial do incêndio é enorme e durante a noite haverá um reforço de 151 bombeiros destacados nas áreas evacuadas para defender as casas, indicou.
Clavijo valorizou o número de pessoas que se voluntariaram para ajudar, mas alertou que se trata de um incêndio de grandes proporções em que apenas profissionais qualificados podem atuar, pelo que pediu que não haja ações espontâneas ou imprudentes.
No sábado estiveram no terreno 19 aeronaves e no domingo serão 22.
A líder municipal, Rosa Dávila, disse que é um incêndio devastador que afeta a coroa florestal de Tenerife, e alertou que a noite pode ser "muito longa e difícil".
Desde o início do incêndio, as autoridades já procederam à evacuação de várias regiões localizadas em 11 municípios do sul e norte de Tenerife, refere a agência de notícias Efe.
O Governo acrescentou que as pessoas que precisem de alojamento estão a ser encaminhadas para vários abrigos.
O fogo, que lavra desde terça-feira, obrigou à evacuação de várias povoações.
A Proteção Civil adiantou que este domingo vão continuar a ser evacuadas localidades, por precaução, e aconselhou à adoção de medidas de autoproteção.
O dispositivo aéreo continua a realizar descargas de água, tendo efetuado mais de 1700 desde o início do fogo.
Segundo as autoridades espanholas, o incêndio está longe de ser extinto e o calor intenso, o vento forte e as condições adversas do terreno têm dificultado o combate às chamas, que avançaram para a região norte da ilha.