Theresa May diz que Londres respeita as resolução da ONU, considerando Jerusalém-leste como parte dos Territórios Palestinianos Ocupados.
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O governo britânico manifestou discordância com o anúncio do Presidente norte-americano de transferir a embaixada para Jerusalém e reconhecer a cidade como capital israelita por considerar que "não é útil em termos de perspetivas de paz na região".
Reiterando a intenção de manter a embaixada do Reino Unido em Israel em Telavive, a primeira-ministra, Theresa May disse que Londres mantém a posição política de que o estatuto "deve ser determinado num acordo negociado entre israelitas e palestinianos e que, em última análise, Jerusalém deve ser a capital partilhada dos Estados israelita e palestiniano".
A chefe do governo britânico acrescentou que o Reino Unido respeita as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU, que consideram Jerusalém-leste como parte dos Territórios Palestinianos Ocupados.
"Nós partilhamos o desejo do Presidente Trump de colocar fim a este conflito. Congratulamo-nos com o compromisso de hoje com uma solução de dois Estados negociada entre as partes e tomamos nota da importância do reconhecimento claro de que o estatuto final de Jerusalém, incluindo as fronteiras no interior da cidade, deve estar sujeito a negociações entre israelitas e palestinianos", referiu May.
A primeira-ministra britânica exortou a administração norte-americana a apresentar "propostas detalhadas para um acordo israelo-palestiniano", pedindo ao mesmo tempo calma às partes para que o processo de paz tenha mais hipóteses de sucesso.