A investigação ao incêndio num Boeing 787 no aeroporto londrino de Heathrow, há uma semana, levou as autoridades britânicas a recomendaram que a localização de emergência seja desativada nos aviões Dreamliner da Boeing.
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O Serviço de Investigação dos Acidentes Aéreos (AAIB, na sigla em Inglês) disse que uma investigação detalhada ao sistema transmissor de localização de emergência da Honeywell no avião da nova geração «mostrou algumas indicações de rutura das pilhas da bateria».
Acrescentou que «não está porém claro se a combustão na área do ELT [sigla em Inglês de transmissor de localização de emergência] foi iniciada por uma libertação de energia dentro das baterias ou por um mecanismo externo, como um curto-circuito».
Enquanto se procedem a mais investigações, o AAIB recomendou que todos os transmissores da Honeywell sejam removidos dos Dreamliners e solicitou aos reguladores da aviação que revejam os aparelhos alimentados a lítio instalados nos outros tipos de avião.
Em comunicado, a Boeing disse apoiar as recomendações, as quais disse serem «razoáveis medidas preventivas para tomar enquanto a investigação continua».
Ninguém ficou ferido quando, na passada sexta-feira, começou o fogo num avião vazio da Ethiopian Airlines, estacionado no aeroporto londrino.
Mas o incidente foi um golpe para a Boeing, que retirou do serviço toda a frota de Dreamliners no início do ano, devido a preocupações com a possibilidade de as baterias de lítio a bordo pudessem causar incêndios.
Já foram vendidos 68 aviões Dreamliners e o AAIB recomendou à agência norte-americana da segurança aérea (FAA, na sigla em Inglês) que o sistema de transmissão seja desativado em todos.
O AAIB adiantou que a Honeywell Aerospace já produziu cerca de seis mil transmissores do tipo encontrado no 787 e que o fogo em Heathrow tinha sido o único incidente deste tipo.
A empresa norte-americana, que enviou técnicos para Londres depois do incêndio, disse que apoiava as recomendações.