Não estão agendadas celebrações para marcar a data, mas, esta quarta-feira, a rainha Isabel II, de 89 anos, torna-se a monarca com o reinado mais longo da história britânica ultrapassando o da sua trisavó.
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Quando o Big Ben assinalar as 17:30, o reinado da monarca britânica ultrapassará o da rainha Victoria, que permaneceu no trono 63 anos e 216 dias, ou seja 23.226 dias, 16 horas e cerca de 30 minutos, tendo morrido a 22 de janeiro de 1901. Apesar da simbologia, a data não será celebrada. A monarca está em Balmoral, a residência de verão, estando prevista apenas a inauguração de uma nova linha ferroviária na Escócia.
Nascida a 21 de abril de 1926, "Lilibet", como era chamada na infância, ascendeu ao trono por acaso. Eduardo VIII, seu tio, abdicou em 1936 para casar com Wallis Simpson, uma americana divorciada, deixando a coroa ao irmão, que se tornou rei Jorge VI, colocando no topo da linha de sucessores a primogénita, Isabel, que então ainda era uma criança.
Casou-se em 1947 com Filipe, com quem teve ao todo quatro filhos (Carlos, Ana, André e Eduardo) e cinco anos depois tornou-se rainha devido à morte prematura do pai aos 56 anos.
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Isabel II assitiu à reconstrução do país após a Segunda Guerra Mundial, aos choques financeiros dos anos 1970 e 1980 e à violência e acordo de paz do conflito na Irlanda do Norte.
Em 1992, os filhos Carlos e André e a princesa Ana divorciaram-se, levando a monarca a apelidar aquele ano de "annus horribilis". O ano de 1997 também não foi fácil. A morte da princesa Diana, num desastre de automóvel em Paris, culminou numa série de escandalos ligados à família real.
Em 2012, Isabel II completou 60 anos de reinado, uma data que foi assinalada com as celebrações do Jubileu de Diamante.
As funções de um monarca britânico são sobretudo formais: nomeia o primeiro-ministro de acordo com o resultado das eleições, lê todos os anos o programa do governo no dia de abertura do Parlamento, assina as leis e preside à Commonwealth, a organização dos países anglófonos.