A decisão será tomada em conselho de ministros na próxima quarta-feira. Já hoje, o museu do Louvre encerra portas para permitir salvar algumas obras de arte.
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O presidente francês, François Hollande vai declarar estado de catástrofe natural nas áreas mais afetadas e promete dinheiro para ajudar as autoridades locais a lidar com danos causados pelas inundações que afetam todo o país.
A decisão foi anunciada hoje, dia em que a capital Paris está em alerta vermelho.
.A subida das águas do rio Sena levou as autoridades a optarem pelo encerramento do museu mais famoso da cidade como forma de garantir a proteção de várias obras de arte. O museu encerra esta quinta-feira.
Uma linha do Metro também foi encerrada e há dificuldades nos comboios suburbanos. O serviço ferroviário em torno de Paris será substituído por um serviço de autocarros.
Por volta da hora do almoço, o nível das águas do Sena estava muito próximo dos 5 metros, sensivelmente a altura dos edifícios da estação de Austerlitz, uma das maiores de Paris.
Espera-se que continuem a subir nas próximas horas, ultrapassando os 5 metros e meio durante a madrugada ou manhã de sexta-feira.
O ministério francês do Interior revelou que, desde domingo, só na capital francesa, foram salvas 5.500 pessoas durante mais de 10.500 intervenções realizadas.
As piores cheias de que há registo em Paris aconteceram em 1910. Nesse ano, o Sena atingiu mais de 8 metros de altura e inundou estações de metro, paralisando a cidade.
Em março, a capital francesa organizou um exercício de grandes dimensões que, durante duas semanas, mobilizou o Estado, serviços públicos e empresas, por forma a limitar o impacto de uma situação semelhante.
O alerta de temporal é válido também para todo o centro de França, onde cerca de 24 mil casas estão sem energia elétrica.
Esta manhã, o primeiro-ministro francês Manuel Valls reuniu o gabinete de crise e avisou para grandes dificuldades nas próximas horas.
As cheias no centro de França já fizeram uma vítima mortal, uma mulher de 86 anos.