O ativista está em protesto contra o tratamento que as autoridades angolanas lhe estão a dar. O luso-angolano não quer receber tratamento melhor do que o dos todos os outros presos da cadeia de Viana.
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Luaty Beirão, condenado a cinco anos prisão pelo crime de "atos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores", deixou de comer e recusa-se a usar roupas. O músico decidiu também não receber visitas.
O jornal online Rede Angola conta que o rapper foi transferido da cadeia de Viana para o Hospital-Prisão de São Paulo, onde as suas condições de detenção são melhores do que as dos outros condenados neste caso e que estão na cadeia de Viana.
Mónica Beirão, esposa de Luaty, afirmou ao Rede Angola que o ativista foi levado contra a sua vontade para o Hospital-Prisão de São Paulo, mas ainda não conseguiu falar com ele: "ele se recusa. Não quer falar com ninguém. Foi levado à força. Ele já tinha dito que não queria ir para a prisão de São Paulo".
A família garante que ainda não foi contactada pelas autoridades penitenciárias e afirma que só se apercebeu da transferência quando pretendiam entregar-lhe a refeição na Cadeia da Comarca de Viana e ele não compareceu.
O jornal Rede Angola falou ainda com o porta-voz dos Serviços Prisionais, Menezes Cassoma, que afirmou que não foi apenas Luaty Beirão que foi transferido. Menezes Cassoma argumenta que 12 dos 15 ativistas estão no Hospital-Prisão de São Paulo.
Os outros três homens, Osvaldo Caholo, Domingos da Cruz e Sedrick de Carvalho encontram-se detidos na prisão de Caquila, após, segundo Menezes Cassoma, terem solicitado essa transferência.
Ao jornal Rede Angola, o porta-voz dos Serviços Prisionais não confirmou, nem desmentiu, que Luaty Beirão se encontra em greve de fome, nudez e silêncio.